Depois de um curto período de queda, o preço da gasolina disparou em Bauru e já está sendo comercializado, em alguns postos de combustíveis, por até R$ 5,59, o litro. A média, nos estabelecimentos bandeirados, é de R$ 5,50. Da mesma forma, o custo do etanol também subiu, fazendo os consumidores desembolsarem entre R$ 3,69 e R$ 3,89, em média, pelo litro do produto, conforme pesquisa informal realizada pelo Jornal da Cidade.
A alta deve-se à retomada da cobrança integral dos impostos federais PIS/Cofins desde o último sábado (1). Com a tributação, a gasolina sofre um aumento de até R$ 0,34 por litro e o etanol, de R$ 0,22, no preço final para o consumidor, aponta a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Segundo a Associação dos Revendedores de Combustíveis de Bauru e Região (Arcomb), os reajustes já começaram a ser aplicados na cidade no último sábado e deverão chegar a todos os postos ao longo desta semana. Levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) na semana passada mostra que o litro da gasolina era comercializado a um preço médio de R$ 5,11 e o do etanol, a R$ 3,49. Os valores máximos encontrados, na ocasião, foram, respectivamente, de R$ 5,37 e R$ 3,69.
"Entre não bandeirados e bandeirados, a diferença de preço, até a semana passada, era de mais de R$ 0,50 e, infelizmente, a tendência é que ela aumente ainda mais. Com o retorno da cobrança do PIS/Cofins, devido à falta de fiscalização, a sonegação do tributo corre solta e, portanto, postos que compram este combustível não precisarão fazer o repasse integral do valor para as bombas", avalia o presidente da Arcomb, Edivaldo Tuschi.
REDUÇÃO ANULADA
A alta resultante da retomada da cobrança do PIS/Cofins se soma à última elevação de preços provocada pela instituição, por parte do governo estadual, desde 1 de junho, do novo modelo de cobrança do ICMS, com alíquota nacional única de R$ 1,22 por litro de gasolina, o que elevou o valor deste combustível em R$ 0,21. Já o ICMS sobre o etanol subiu, na semana passada, de 9,57% para 12%.
Agora, com o acumulado de reajustes, a redução de preços proporcionada pelos cortes promovidos pela Petrobras tem efeito anulado. Em maio, a estatal diminuiu o preço do diesel e da gasolina em para as distribuidoras e, em junho, anunciou outra redução para a gasolina.
Na época dos anúncios, este combustível derivado do petróleo passou a ser vendido, em média, de R$ 5,19 para R$ 5,01 (em maio) e de R$ 5,15 para R$ 5,11 na segunda metade de junho. Já o etanol variou, respectivamente, de R$ 3,84 para R$ 3,60 e de R$ 3,54 para R$ 3,52.
