ECONOMIA

Banco Central mantém taxa de juros em 13,75% ao ano

Por Reinaldo Cafeo |
| Tempo de leitura: 4 min

Como era esperado pelo mercado, o Banco Central brasileiro, através do Copom – Comitê de Política Monetária, manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. A nota do Comitê foi: "a conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia". Em outras palavras: o Banco Central entende que ainda não chegou o momento de reduzir a taxa de juros à medida que os preços estão caindo lentamente. 

A taxa cai na próxima reunião?
Os operadores do mercado entendiam, reafirmo, entendiam, que já na próxima reunião que será em agosto (dias 1º.  e 2), haveria espaço para pelo menos uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, contudo, diante da nota do Copom já pairam dúvidas se isso efetivamente irá ocorrer. De qualquer maneira, na próxima terça-feira (27) será divulgada a ata do Copom aí teremos maior clareza sobre o que a Autoridade Monetária está projetando para os juros no país.

Na prática, nada muda
Com a manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano, nada muda nas operações do mercado financeiro. Para quem tem sobras de recursos a Renda Fixa continua atrativa e para quem for contrair empréstimos, as modalidades que tiverem alguma garantia real (imóvel, por exemplo) terá menores taxas. No caso do cheque especial, rotativo do cartão de crédito e empréstimo pessoal sem garantia, os juros continuarão salgados.

Será que os funcionários fingem trabalhar? (1)
Pois é, pesquisa realizada nos Estados Unidos pela empresa americana Visier, especializada em soluções tecnológicas para recursos humanos, apontou que muitos funcionários fingem que estão trabalhando para parecer mais úteis, evitar demissão, conseguirem uma promoção ou escapar de mais trabalho. Mexer na tela do computador só para não entrar no modo descanso e responder e-mails que não exigem uma ação imediata são considerados comportamentos performáticos pela pesquisa. 

Será que os funcionários fingem trabalhar? (2)
Os números da pesquisa são os seguintes: no total dos pesquisados 83% dizem fingir que estão trabalhando. Dentre os principais motivos para esse comportamento, 64% citam que é importante para o sucesso profissional e 41% afirmam que querem parecer mais valiosos para a empresa. Ao longo de uma semana média de trabalho, 22% dos entrevistados disseram gastar quase metade do tempo de trabalho (20 horas) em funções que não contribuem de verdade para a empresa. O levantamento consultou mil trabalhadores em tempo integral – presencial, híbrido e home office em fevereiro desse ano. E você, finge trabalhar?

Consumo interno é puxado pelas Classes D e E
As Classes D e E, que representam 50% da população brasileira, puxaram a alta do consumo no ano passado. A alta foi de 5,2% em relação a 2021, de acordo com o relatório Customer Insights, da Kantar. No total, a alta do país, ao englobar todas as classes no recorte de aquisição de bens de consumo massivos, foi de 2,7%. As Classes D e E são aquelas famílias que ganham entre R$ 1.300 e R$ 5.000 por mês. Essas famílias canalizam mais da metade da renda para compras em supermercados, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva. 

Tarifa do PIX
As normas em torno do PIX já permitiam a cobrança de tarifa nas transações para pessoas jurídicas. O debate nasceu depois de a Caixa Econômica Federal anunciar que iria taxar seus clientes e teve a reação do governo Federal, pedindo o adiamento da decisão. Outros bancos já cobram a tarifa. Levantamento indicam os seguintes valores: Banco do Brasil cobra tarifa de 0,99% em transferências PIX para outros bancos e no recebimento via PIX por QR Code. O Bradesco cobra 1,40% por transação, sendo que o valor mínimo cobrado é de R$ 1,65 e o máximo de R$ 9. O Itaú cobra 1,45%, com mínimo de R$ 1,45 e máximo de R$ 9,60. O Santander cobra 1,40%, com mínimo de R$ 1,75 e máximo de R$ 9,60. Vale destacar que de modo geral não há cobrança das pessoas físicas, microempreendedores individuais e empresário individuais. Só pode haver cobrança para esses tipos de clientes em alguns casos: se o cliente fizer um PIX utilizando canais presenciais ou por telefone; se ele receber no PIX dinheiro com fins comerciais; se receber mais de 30 PIX por mês; se receber com QR Code dinâmico; e se receber PIX de um pagador pessoa jurídica, seja por QR Code estático ou dinâmico.

Mude já, mude para melhor!
O tempo é o sem dúvida alguma o senhor da razão. O tempo separa o joio do trigo. O tempo revela quem são os verdadeiros amigos. O tempo separa os oportunistas dos que têm história para contar. O tempo se encarrega de desmascarar os falsos profetas. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

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