Prezado leitor,
Você é do time de pessoas que só usam protetor solar quando sair ao sol e, acima de tudo, quando está no mar ou na piscina? Bom, essa coluna vai fazer você repensar seus hábitos de uso de filtro solar — até porque, todo dia tem luz visível e luz azul que afetam a nossa pele. E sim, elas também podem potencializar o envelhecimento
Na coluna desta semana, conto em detalhes como se cuidar e prevenir. Vamos nessa?
O que é luz visível?
A luz visível é uma forma de radiação eletromagnética que pode ser detectada pelo olho humano, é composta por diferentes cores, que vão do vermelho ao violeta, com o vermelho possuindo comprimentos de onda mais longos e o violeta, mais curtos.
Ao incidir sobre a pele, ela pode ter diferentes efeitos dependendo de sua intensidade. Assim, tem consequências positivas e negativas, como o fato de ser essencial para a produção de vitamina D pelo organismo quando a pele é exposta à luz solar. Além disso, ela também pode estimular a produção de colágeno, ajudando a melhorar a aparência da pele.
No entanto, a exposição excessiva à luz visível pode ter efeitos prejudiciais na pele, como envelhecimento, surgimento de rugas, deterioração do colágeno, manchas e alterações na pigmentação.
E a luz azul?
A luz azul é uma parte do espectro de luz visível que possui comprimentos de onda mais curtos. Também é encontrada naturalmente na luz solar e emitida em grandes quantidades por dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores. Além disso, lâmpadas LED e luzes fluorescentes também emitem luz azul em diferentes graus.
A exposição à luz azul tem sido associada a efeitos negativos na saúde da pele. Estudos sugerem que ela pode penetrar na pele mais profundamente do que a luz visível de comprimentos de onda mais longos. Isso ocorre porque a luz azul tem maior energia e pode causar danos diretos às células da pele.
Um dos principais problemas associados à exposição à luz azul é o aumento da produção de radicais livres na pele, que causam danos celulares e desencadeiam uma resposta inflamatória. Esse estresse oxidativo induzido pela luz azul pode levar ao envelhecimento prematuro da pele, como rugas, linhas finas e perda de elasticidade.
Além disso, a exposição frequente à luz azul durante a noite, especialmente proveniente de dispositivos eletrônicos, pode afetar o ciclo circadiano, afetando nosso sono. A luz azul ainda pode causar fadiga ocular.
Então, como se proteger? Vamos às dicas!
> Use protetor solar de amplo espectro: todo dia (chova ou tenha sol), aplique protetor solar que ofereça proteção contra a luz visível e a luz azul. Seu dermatologista pode ajudar a escolher a melhor opção. Também reaplique ao longo do dia — mesmo que não saia de casa.
> Use maquiagem com proteção solar: se você gosta de se maquiar, procure produtos de maquiagem que contenham proteção solar, como bases, pós compactos e hidratantes labiais com FPS.
> Utilize óculos de sol com proteção UV: opte por óculos de sol que bloqueiem os raios UVA e UVB, bem como a luz visível e a luz azul. Escolha óculos de qualidade e com lentes polarizadas para obter a melhor proteção. Óculos de grau também têm a opção de luz azul.
> Limite sua exposição à luz azul dos dispositivos: reduza o tempo de exposição à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores, especialmente antes de dormir. Você pode usar filtros de luz azul nas telas também!
> Considere o uso de produtos antioxidantes: antioxidantes tópicos, como a vitamina C, ajudam a neutralizar os danos causados pela luz visível e pela luz azul. Consulte seu dermatologista para escolher a melhor opção.
> Mantenha uma dieta equilibrada: uma alimentação saudável e rica em antioxidantes pode ajudar a fortalecer a pele e torná-la mais resistente aos danos causados pela exposição à luz.
Viu como é fácil de se cuidar? Conte com suporte médico sempre.
Um grande abraço e até a próximo
Daniela Hueb
Médica, CRM-SP 96.027
