OPINIÃO

Não é só Paris que tem grande população de ratos e roedores

Por Gregório José |
| Tempo de leitura: 2 min
Jornalista/Radialista/Filósofo, pós-graduado em Gestão Escolar, pós-graduado em Ciências Políticas, pós-graduado em Mediação e Conciliação, MBA em Gestão Pública

Cada vez mais chegam notícias vindas da Europa sobre a crescente população de ratos, camundongos e ratazanas circulando pelas ruas, comércio e bares e restaurantes parisienses.

Como a capital francesa é uma das cidades que mais recebem turistas durante 365 dias por ano é comum que o fato choque quem visita aquela cidade.

Os brasileiros, acostumados a jogar lixo na rua ao invés de cestas e papeleiras ficam chocados ao ver tal situação, ainda mais na cidade mais conhecida da Europa. Ora, ora, ora! Como pensar desta maneira?

Um povo que não sabe cuidar de seu próprio lixo se escandalizar com a circulação destes roedores pelas ruas?

E mais, eles são vistos nas noites, quando o fluxo de pedestres diminui naquela cidade turística. Mesmo assim, os frequentadores da noite agem como se fosse o maior absurdo de todos.

Acontece, porém, que por lei, todo porão de Paris deve ser dedetizado e desratizado. São lugares grandes e complexos, que demandam raticidas com ação anticoagulante e outros produtos.

Mesmo assim é impossível diminuir o número deles que chega a cerca de seis milhões de camundongos, ratos e ratazanas. Já os habitantes ali giram em torno de 2,4 milhões. Quase três por habitantes.

Mas se ali que se utilizam produtos químicos e ratoeiras para dar cabo desta praga, imagina cidades onde o tratamento de esgoto inexiste (e no Brasil são centenas delas que não cuidam do saneamento como deveriam).

Pois é isso mesmo. Se lá são 3 por habitante, aqui podemos ter muito mais. Então lembramos aquela velha história política de "obra embaixo da terra não é vista pelo eleitor e, portanto, não precisa ser feita".

Vamos cuidar de nosso lixo para evitarmos nos transformar na parte triste de Paris, a de convivência com roedores que causa repulsa na maioria dos seres humanos.

Afinal, ao tentar dar cabo de um animalzinho apenas (e onde há um existem mais) acabamos virando memes das redes sociais com saltos, pulos e gritos tresloucados.

A preocupação é com as zoonoses que advém desta convivência insalubre e prejudicial á nossa saúde.

Cuidemos agora, antes que a situação saia do controle.

 

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