EM BAURU

Laudo técnico reitera risco de colapso no Sambódromo e reforça interdição

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Joabe Guaranha/Prefeitura de Bauru
Vista aérea do Sambódromo de Bauru, interditado desde 2020
Vista aérea do Sambódromo de Bauru, interditado desde 2020

Um laudo que investigou as condições geológicas do Sambódromo de Bauru e ao qual o JC teve acesso reforça o risco de colapso no solo do local e recomenda a manutenção da interdição da área.

O relatório é resultado de uma perícia técnica realizada em abril deste ano a pedido da Prefeitura Municipal, que avalia eventuais intervenções para revitalizar o espaço inaugurado no final de 1990, no governo Izzo Filho.

A área está interditada desde 2019 em razão de um deslizamento que formou uma cratera de aproximadamente seis metros de profundidade e 40 metros de largura.

Embora o laudo admita os riscos sobre o solo, a perícia avalia que não há necessidade de ações emergenciais complementares no local, uma vez que o Sambódromo já se encontra interditado.

Há, porém, a recomendação para que o governo reforce a comunicação ao público sobre a interdição da área e os riscos de acesso ao empreendimento, inclusive na área das arquibancadas.

O laudo ainda é parcial e foi elaborado pela empresa FRAL Consultoria, que agora tem 90 dias para entregar uma análise completa sobre as ações a serem implementadas no Sambódromo.

"Destaca-se a necessidade em dar continuidade nos estudos atualmente em desenvolvimento, os quais irão subsidiar análises completas a respeito da estabilidade do maciço e taludes", diz o documento.

Enquanto isso, o relatório de abril recomenda ao Departamento de Água e Esgoto de Bauru (DAE) a realização de estudos sobre a rede de esgoto no local para identificar possíveis vazamentos. E pede reparos na rede de drenagem e nas galerias de águas pluviais.

O resultado do relatório não surpreendeu a secretária de Obras, Pérola Zanotto, que já esperava conclusões nesse sentido. "Sabemos dos problemas do local há tempos. Este é o segundo relatório que recebemos", diz.

Ela também argumenta ser prematura qualquer análise sobre as medidas a serem implementadas no Sambódromo e diz que prefere aguardar a entrega do relatório final, prevista para daqui a três meses.

O documento vai detalhar não apenas as intervenções necessárias, como também apresentar um cronograma de ações.

Até agora há uma única certeza: o Sambódromo não será revitalizado a tempo de abrigar o Carnaval do ano que vem. Segundo a Prefeitura, a tendência é que o evento seja realizado na avenida Jorge Zaiden, a exemplo do que aconteceu neste ano.

Comentários

Comentários