VETO DERRUBADO

VETO DERRUBADO

Câmara derruba veto a PL de violência doméstica e impõe derrota ao governo

Câmara derruba veto a PL de violência doméstica e impõe derrota ao governo

Proposta foi aprovada em abril, mas havia sido vetada pela prefeita Suéllen; derrubada do ato já era esperada internamente

Proposta foi aprovada em abril, mas havia sido vetada pela prefeita Suéllen; derrubada do ato já era esperada internamente

Por André Fleury Moraes | 23/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Por André Fleury Moraes
da Redação

23/05/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Tainá Vétere/JC Imagens

Chiara Ranieri, autora do PL, classificou veto como ‘desrespeito’ às vítimas de violência doméstica

A Câmara de Bauru derrubou nesta segunda-feira (22), por 16 votos a 1, o veto da prefeita Suéllen Rosim (PSD) a um Projeto de Lei (PL) da vereadora Chiara Ranieri (União Brasil) que obriga os condomínios de acesso controlado a denunciar casos de violência contra mulheres, crianças ou idosos. O texto também determina aplicação de multa em caso de descumprimento das regras.

A proposta foi aprovada em abril, mas acabou integralmente vetada pela prefeita Suéllen. A mandatária argumentou que o texto é inconstitucional e invade a competência do Estado e da União.

Para Chiara Ranieri, autora do projeto, o veto simbolizava um desrespeito às vítimas de violência doméstica. Postura semelhante adotou Guilherme Berriel (MDB), para quem a medida se tratou de "conivência" com agressores.

A derrubada do veto já era esperada nos corredores da Câmara, mas não deixa de significar uma dura derrota ao governo Suéllen Rosim, que há tempos não via a Câmara reverter uma decisão do Poder Executivo.

Não faz muito tempo, por exemplo, a Câmara aprovou por unanimidade uma emenda do vereador Coronel Meira (União Brasil) a um projeto de criação de cargos que condicionava a ocupação das novas funções a servidores públicos. Suéllen vetou, disse ser inconstitucional e os vereadores mantiveram a decisão da mandatária. O mesmo não ocorreu agora.

A proposta de Chiara também obriga os condomínios a afixar, em locais comuns e com alta visibilidade, os telefones de órgãos responsáveis que atendam casos de violência contra a mulher e aos demais públicos previstos no projeto. "Isso visa aumentar a cultura da denúncia. Não podemos ficar calados", afirmou a vereadora ao JC no ano passado.

Na sessão desta segunda-feira, o vereador Coronel Meira (União Brasil) elogiou a medida e disse que os cartazes, na prática, inibem eventuais casos de violência. "Criminosos mudam a postura nas ruas ao perceberem câmeras de segurança. O mesmo se aplica a este caso", defendeu o parlamentar.

Miltinho Sardin (PTB), líder da prefeita na Câmara, foi o único a se posicionar contra o projeto. Ele reiterou que o veto trata apenas de inconsistências legais e que isso abriria margem para eventuais contestações futuras.

Durante seu discurso, por sinal, o petebista não escondeu que lia mensagens no WhatsApp sobre os argumentos a favor veto - e chegou, na avaliação de vereadores, a "se perder" no debate em alguns momentos.

A Câmara de Bauru derrubou nesta segunda-feira (22), por 16 votos a 1, o veto da prefeita Suéllen Rosim (PSD) a um Projeto de Lei (PL) da vereadora Chiara Ranieri (União Brasil) que obriga os condomínios de acesso controlado a denunciar casos de violência contra mulheres, crianças ou idosos. O texto também determina aplicação de multa em caso de descumprimento das regras.

A proposta foi aprovada em abril, mas acabou integralmente vetada pela prefeita Suéllen. A mandatária argumentou que o texto é inconstitucional e invade a competência do Estado e da União.

Para Chiara Ranieri, autora do projeto, o veto simbolizava um desrespeito às vítimas de violência doméstica. Postura semelhante adotou Guilherme Berriel (MDB), para quem a medida se tratou de "conivência" com agressores.

A derrubada do veto já era esperada nos corredores da Câmara, mas não deixa de significar uma dura derrota ao governo Suéllen Rosim, que há tempos não via a Câmara reverter uma decisão do Poder Executivo.

Não faz muito tempo, por exemplo, a Câmara aprovou por unanimidade uma emenda do vereador Coronel Meira (União Brasil) a um projeto de criação de cargos que condicionava a ocupação das novas funções a servidores públicos. Suéllen vetou, disse ser inconstitucional e os vereadores mantiveram a decisão da mandatária. O mesmo não ocorreu agora.

A proposta de Chiara também obriga os condomínios a afixar, em locais comuns e com alta visibilidade, os telefones de órgãos responsáveis que atendam casos de violência contra a mulher e aos demais públicos previstos no projeto. "Isso visa aumentar a cultura da denúncia. Não podemos ficar calados", afirmou a vereadora ao JC no ano passado.

Na sessão desta segunda-feira, o vereador Coronel Meira (União Brasil) elogiou a medida e disse que os cartazes, na prática, inibem eventuais casos de violência. "Criminosos mudam a postura nas ruas ao perceberem câmeras de segurança. O mesmo se aplica a este caso", defendeu o parlamentar.

Miltinho Sardin (PTB), líder da prefeita na Câmara, foi o único a se posicionar contra o projeto. Ele reiterou que o veto trata apenas de inconsistências legais e que isso abriria margem para eventuais contestações futuras.

Durante seu discurso, por sinal, o petebista não escondeu que lia mensagens no WhatsApp sobre os argumentos a favor veto - e chegou, na avaliação de vereadores, a "se perder" no debate em alguns momentos.

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