ATENÇÃO

Queimar folhas após varrer calçadas é passível de multa no valor de R$ 1.500, em Bauru

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Prefeitura de Bauru
Atear fogo às margens das rodovias pode resultar em incêndios de grandes proporções que, além de atrapalhar motoristas, podem atingir florestas
Atear fogo às margens das rodovias pode resultar em incêndios de grandes proporções que, além de atrapalhar motoristas, podem atingir florestas

Com a chegada do outono, a incidência de chuvas diminui, o mato e o solo ficam secos e aumenta a ocorrência de incêndios em áreas de vegetação. Além de causar prejuízos ambientais e à saúde pública, as queimadas são classificadas como crime ambiental passível de multa quando provocadas intencionalmente. As decorrentes da varrição de calçadas ou da limpeza de jardins, inclusive, podem custar caro: moradores correm o risco de desembolsar R$ 1.500,00.

Mas, dependendo da situação, o valor pode ser muito maior e chegar a R$ 27 mil. Para coibir qualquer ação dessa natureza (queimadas), a Secretaria do Meio Ambiente (Semma) faz as autuações que, neste ano, foram 13. Quando a denúncia chega, em um primeiro caso, é feita com uma advertência e, em situações de reincidência, é aplicada multa, com ou sem flagrante e independente da identificação do autor da infração. A punição segue o previsto no Decreto Municipal 13.134/2016, informa a assessoria de imprensa da prefeitura.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Bauru, Marcelo Ryal, logo após uma frente fria, a biomassa seca, sobretudo as gramíneas, apontadas como o principal material combustível. “Pode pegar fogo a partir do atrito com ela mesma ou com a pelagem de alguns animais", explica.  Esse tipo de queimada foi registrada no sábado passado (13), na região Norte, proximidades do Núcleo Gasparini, e na última quarta-feira (17), na região Sudeste, no Jardim Niceia.

RISCO

A Defesa Civil pede à população que evite a prática de pequenos incêndios, porque eles podem se alastrar e, dificultando o controle e podendo causar incêndios de grandes proporções, ameaçando inclusive a vida de pessoas, animais e a estrutura de imóveis.

Segundo Luiz Carlos de Almeida Neto, engenheiro agrônomo e diretor do Jardim Botânico de Bauru, a cultura das queimadas vem dos nossos antepassados, que a utilizavam no preparo do solo para o plantio. Ele explica que sem a desconstrução dessa ideia, as pessoas continuam até hoje a varrer as folhas na calçada em frente às suas casas e colocar fogo, além de fazer o mesmo nos terrenos dos seus vizinhos.

O diretor do Botânico lembra que, nas regiões rurais, essa cultura permanece e é manifestada de maneira mais grave. "A pessoas acabam colocando fogo nas margens das rodovias, o que acarreta em incêndios de grandes proporções que, além de atrapalhar a visão dos motoristas, podem atingir matas e florestas", enfatiza o engenheiro agrônomo. Entre os impactos no meio ambiente, as queimadas causam degradação do solo e poluição do ar. Na saúde humana, provocam principalmente doenças respiratórias, o que promove o aumento do fluxo de atendimentos em unidades de saúde.

DENÚNCIA

Para coibir as ações criminosas, a Secretaria do Meio Ambiente (Semma) autua proprietários de terrenos e residências com casos de queimadas. As denúncias podem ser feitas pelo e-mail meioambiente@bauru.sp.gov.br e pelo telefone da Semma, (14) 3234-6849 e 3223-3928.

No ato da denúncia, devem ser informados o nome do bairro, da rua, o número da quadra e do terreno ou residência. Caso o local não possua numeração, é preciso indicar um número de referência para identificação do local, como por exemplo, o número de uma casa ao lado ou em frente.

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