DIA DAS MÃES

'Senti que ele era meu filho desde a primeira chamada de vídeo'

Por Tisa Moraes | 14/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Da Redação

Arquivo Pessoal

Thaís com o filho Matheus e o marido, José Jonatas
Thaís com o filho Matheus e o marido, José Jonatas

A maternidade sempre foi um desejo da atendente comercial Thaís Cristina Gonçalves Eloy dos Santos, 31 anos, mas ela não imaginava, no início, que este sonho se concretizaria por meio da adoção. Após três perdas gestacionais, mesmo traumatizada, ela não desistiu de ter um bebê e - junto com o marido, José Jonatas Bezerra dos Santos, 33 anos, que também é filho adotivo - se abriu para a possibilidade de ter uma criança que não veio de seu ventre.

"Informaram que havia um menino de três meses no abrigo. Como era pandemia, a gente não poderia, logo no início, conhecê-lo pessoalmente. Dias depois, eu estava no trabalho, almoçando, quando fizemos a primeira chamada de vídeo. Senti que ele era meu filho desde aquele momento. Foi amor à primeira vista", relembra, sobre o primeiro contato com o filho, Matheus, hoje com dois anos.

O processo todo, desde a primeira gestação, contudo, não foi fácil. Thaís engravidou aos 19 anos mas, no nono mês, perdeu o bebê e precisou se submeter a um parto induzido. Ficou internada no hospital e não pôde sequer participar do enterro do filho. "Já estava tudo preparado para a chegada dele", relembra.

Após três anos, sofreu novo aborto, no terceiro mês de gestação, quando os médicos começaram a investigar a possibilidade de ela ter trombofilia. Apesar de toda a investigação, o diagnóstico nunca foi fechado.

Em 2018, Thaís engravidou pela terceira vez, mas, novamente, perdeu o bebê, desta vez no sétimo mês, mesmo fazendo tratamento com injeções diárias de anticoagulante. "De novo, tiveram que induzir o parto normal e, mais uma vez, não pude ir ao enterro, porque estava internada. Decidi que não queria mais engravidar e correr o risco de passar por isso de novo. O trauma é muito grande", lamenta.

Naquele momento, Thaís passou a considerar a possibilidade de adoção. O casal fez o cadastro no Fórum e entrou na fila em abril de 2019, passando por todos os trâmites exigidos, até que, três anos depois, recebeu o tão esperado telefonema.

"Foi em 2 de julho de 2021 e, no dia 15, já fomos buscá-lo. Foi muito emocionante, mágico. Ele se adaptou rápido e, em um ano, conseguimos a guarda definitiva. O Matheus é uma benção e, agora, já estamos nos preparando para adotar mais uma criança e darmos a ele uma irmãzinha ou irmãozinho", completa.

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