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23 de março de 2023

EMPREENDEDORAS

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Mulheres donas de negócios batem recorde no Brasil

Mulheres donas de negócios batem recorde no Brasil

Sebrae considera como donas de negócios as mulheres que atuam como empregadoras ou que trabalham por conta própria com ou sem CNPJ

Sebrae considera como donas de negócios as mulheres que atuam como empregadoras ou que trabalham por conta própria com ou sem CNPJ

Por Folhapress | 12/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Por Folhapress


12/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

Renata Malheiros, do Sebrae: muitas trabalhadoras seguem por esse caminho após a maternidade por não encontrarem vagas que permitam conciliar emprego e filhos

A escassez de vagas de trabalho na área de educação na fase inicial da pandemia levou Rafaela Azevedo de Jesus, 25 anos, a abrir um negócio próprio em 2020. Estudante de letras, a jovem montou à época um delivery de comida vegana no município baiano de Alagoinhas (a cerca de 120 km de Salvador).

Desde então, especializou-se no ramo, formalizou a empresa e passou a planejar a abertura de um restaurante em um espaço físico. O que era um "tapa-buraco" virou empreendedorismo, segundo a jovem.

Histórias como a de Rafaela encontram respaldo em estatísticas. No terceiro trimestre de 2022, o número de donas de negócios alcançou 10,3 milhões no Brasil. Trata-se do nível recorde de uma série histórica iniciada no terceiro trimestre de 2016.

A conclusão é do estudo Empreendedorismo Feminino no Brasil em 2022. A análise foi produzida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) por ocasião do Dia da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (8).

O levantamento utiliza microdados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE. O Sebrae considera como donas de negócios as mulheres que atuam como empregadoras ou que trabalham por conta própria com ou sem CNPJ.

Isso significa que o grupo envolve desde as empreendedoras que se planejam para ocupar um nicho de mercado até as profissionais que apostam em uma atividade em razão da falta de renda e da escassez de oportunidades.

Historicamente, é a necessidade que leva a maior parte das mulheres a abrir um negócio, segundo Renata Malheiros, coordenadora nacional de empreendedorismo feminino do Sebrae. Ela afirma que muitas trabalhadoras seguem por esse caminho após a maternidade por não encontrarem no mercado vagas que permitam conciliar emprego e cuidado dos filhos.

Malheiros ressalta que as mulheres continuam sobrecarregadas por tarefas domésticas no país. O quadro, diz, também impede empreendedoras de dedicarem mais tempo aos seus negócios. Além do tempo apertado, o preconceito é outro obstáculo que as donas de negócios enfrentam no Brasil, conforme Malheiros.

A empreendedora social Aline Odara, 36 anos, também considera que a necessidade e a falta de renda são os fatores que mais levam mulheres a apostarem em negócios próprios. Durante a pandemia, Odara lançou o Fundo Agbara, iniciativa que capacita e investe em empreendedoras negras.

Desde setembro de 2020, mais de 2.000 mulheres já foram atendidas no país pelo projeto, cuja sede fica em São Paulo. De acordo com Odara, o fundo é mantido por uma rede de cerca de 200 doadores individuais e seis investidores institucionais, incluindo empresas e entidades. A iniciativa estuda novas formas de captação de recursos.

SETOR DE SERVIÇOS

O Sebrae indica que, no terceiro trimestre de 2022, 53% das donas de negócios estavam inseridas no setor de serviços. Comércio (27%), indústria (13%) e agropecuária (7%) aparecem na sequência.

A reabertura do setor de serviços após as restrições da pandemia é um dos fatores que estimularam o crescimento do número de mulheres à frente de negócios. O estudo também lista as atividades com predomínio feminino. Nesses casos, as mulheres representam mais de 60% do total de donos de negócios. Cabeleireiros e tratamento de beleza, comércio de vestuário (complementos) e serviços de catering, bufê e comida preparada são três destaques.

Comércio de produtos farmacêuticos, cosméticos e perfumaria, confecção sob medida, profissionais de saúde (exceto médicos e odontólogos), confecção (vestuário), outras atividades de serviços pessoais, outras atividades de ensino e fabricação de artefatos têxteis também são citados.

A escassez de vagas de trabalho na área de educação na fase inicial da pandemia levou Rafaela Azevedo de Jesus, 25 anos, a abrir um negócio próprio em 2020. Estudante de letras, a jovem montou à época um delivery de comida vegana no município baiano de Alagoinhas (a cerca de 120 km de Salvador).

Desde então, especializou-se no ramo, formalizou a empresa e passou a planejar a abertura de um restaurante em um espaço físico. O que era um "tapa-buraco" virou empreendedorismo, segundo a jovem.

Histórias como a de Rafaela encontram respaldo em estatísticas. No terceiro trimestre de 2022, o número de donas de negócios alcançou 10,3 milhões no Brasil. Trata-se do nível recorde de uma série histórica iniciada no terceiro trimestre de 2016.

A conclusão é do estudo Empreendedorismo Feminino no Brasil em 2022. A análise foi produzida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) por ocasião do Dia da Mulher, celebrado nesta quarta-feira (8).

O levantamento utiliza microdados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE. O Sebrae considera como donas de negócios as mulheres que atuam como empregadoras ou que trabalham por conta própria com ou sem CNPJ.

Isso significa que o grupo envolve desde as empreendedoras que se planejam para ocupar um nicho de mercado até as profissionais que apostam em uma atividade em razão da falta de renda e da escassez de oportunidades.

Historicamente, é a necessidade que leva a maior parte das mulheres a abrir um negócio, segundo Renata Malheiros, coordenadora nacional de empreendedorismo feminino do Sebrae. Ela afirma que muitas trabalhadoras seguem por esse caminho após a maternidade por não encontrarem no mercado vagas que permitam conciliar emprego e cuidado dos filhos.

Malheiros ressalta que as mulheres continuam sobrecarregadas por tarefas domésticas no país. O quadro, diz, também impede empreendedoras de dedicarem mais tempo aos seus negócios. Além do tempo apertado, o preconceito é outro obstáculo que as donas de negócios enfrentam no Brasil, conforme Malheiros.

A empreendedora social Aline Odara, 36 anos, também considera que a necessidade e a falta de renda são os fatores que mais levam mulheres a apostarem em negócios próprios. Durante a pandemia, Odara lançou o Fundo Agbara, iniciativa que capacita e investe em empreendedoras negras.

Desde setembro de 2020, mais de 2.000 mulheres já foram atendidas no país pelo projeto, cuja sede fica em São Paulo. De acordo com Odara, o fundo é mantido por uma rede de cerca de 200 doadores individuais e seis investidores institucionais, incluindo empresas e entidades. A iniciativa estuda novas formas de captação de recursos.

SETOR DE SERVIÇOS

O Sebrae indica que, no terceiro trimestre de 2022, 53% das donas de negócios estavam inseridas no setor de serviços. Comércio (27%), indústria (13%) e agropecuária (7%) aparecem na sequência.

A reabertura do setor de serviços após as restrições da pandemia é um dos fatores que estimularam o crescimento do número de mulheres à frente de negócios. O estudo também lista as atividades com predomínio feminino. Nesses casos, as mulheres representam mais de 60% do total de donos de negócios. Cabeleireiros e tratamento de beleza, comércio de vestuário (complementos) e serviços de catering, bufê e comida preparada são três destaques.

Comércio de produtos farmacêuticos, cosméticos e perfumaria, confecção sob medida, profissionais de saúde (exceto médicos e odontólogos), confecção (vestuário), outras atividades de serviços pessoais, outras atividades de ensino e fabricação de artefatos têxteis também são citados.

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