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31 de março de 2023

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Em reunião sem o DAE, Obras estima R$ 1 bi para resolver drenagem em Bauru

Em reunião sem o DAE, Obras estima R$ 1 bi para resolver drenagem em Bauru

Valor é resultado de soma de obras na Nações e outros locais; encontro foi promovido pela vereadora Chiara Ranieri (União Brasil)

Valor é resultado de soma de obras na Nações e outros locais; encontro foi promovido pela vereadora Chiara Ranieri (União Brasil)

Por André Fleury Moraes | 10/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação

Por André Fleury Moraes
da Redação

10/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Pedro Romualdo/Câmara de Bauru

Na reunião pública de ontem, restou a palavra da Secretaria de Obras, já que os dois representantes do DAE foram embora e deixaram as cadeiras vazias

Novo presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru, o engenheiro Leandro Joaquim alegou compromissos urgentes e deixou uma reunião pública na Câmara ontem (9) ainda nos primeiros 60 minutos do início do encontro, que durou quase três horas.

A reunião discutiu projetos de macrodrenagem urbana para Bauru e terminou apenas com a avaliação da Secretaria de Obras (onde Leandro estava antes do DAE), que também participou da discussão. A pasta estima que o custo total para resolver o problema de drenagem em toda a cidade é de R$ 1 bilhão.

Metade deste valor, R$ 500 milhões, seria destinada única e exclusivamente à avenida Nações Unidas, que sofre com enchentes desde que foi inaugurada. O restante seriam “piscinões” de contenção de água — cinco deles no total.

Na reunião, a Secretaria de Obras listou quatro propostas de drenagem urbana que já estão em fase final – o da Nações, do Sambódromo e de outros dois bairros do município. A relação, na opinião de Chiara, é ínfima.

A vereadora criticou a falta de projetos prontos para serem executados. Ela disse que não é possível buscar recursos em São Paulo, por exemplo, se os parlamentares chegarem de mãos vazias. “Precisamos de motivo para buscar verba. Precisamos de projetos”, defendeu.

A avaliação dos parlamentares ao término da discussão foi de que a administração não tem agilidade para terminar os estudos sobre o tema e aencaminhar as obras definitivamente.

Para o arquiteto José Xaides de Sampaio Alves, professor da Unesp de Bauru, a reunião evidenciou a falta de um planejamento a longo prazo para os problemas reais do município.

“Temos uma questão de planejamento urbano neste debate”, resumiu. Ele criticou a ocupação de áreas próximas à nascente do Rio Bauru, o que deveria ser regulamentado e orientado pelo Plano Diretor.

Discutir a cidade, segundo o arquiteto, envolve necessariamente pensar no futuro. “Não teremos problemas de drenagem daqui a alguns anos se nosso Plano Diretor for pelo caminho certo”, definiu. Para Xaides, o que Bauru faz hoje é “enxugar o gelo” e “corrigir problemas do cotidiano”.

SEM PRESIDENTE

A saída do presidente do DAE fez com que a autarquia não fizesse nenhuma apresentação no encontro, que terminou desfalcado. “Isso é um descaso”, definiu a vereadora Chiara Ranieri (União Brasil), que promoveu a reunião.

A discussão estava inicialmente prevista para a semana passada, mas foi remarcada a pedido justamente de Leandro Joaquim, que acabava de assumir o DAE naquela ocasião. Segundo Chiara, ele afirmou que “não daria tempo” de preparar uma apresentação sobre o tema.

A reunião começou às 8h30. Joaquim foi o primeiro a falar, discursou durante alguns minutos, respondeu a algumas perguntas e saiu por alguns minutos para atender a um telefonema.

Voltou com uma apresentação em papel e entregou o documento à vereadora Chiara. “Preciso ir porque está pegando fogo no DAE”, disse. “E não tem água para apagar”, brincou um dos participantes da reunião.

Joaquim afirmou que um outro integrante da autarquia faria a apresentação. A equipe do DAE que acompanhava a reunião, porém, também foi embora. A empresa afirmou que procurava algum representante para a reunião, mas ninguém se prontificou à tarefa.

Foi quando Chiara leu uma mensagem que recebeu de um diretor do DAE, cujo nome ela não revelou. “Nenhum de nós estava sabendo da reunião, não fomos informados. Não podemos apresentar algo para o qual não fomos preparados”, registrou Chiara.

Novo presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru, o engenheiro Leandro Joaquim alegou compromissos urgentes e deixou uma reunião pública na Câmara ontem (9) ainda nos primeiros 60 minutos do início do encontro, que durou quase três horas.

A reunião discutiu projetos de macrodrenagem urbana para Bauru e terminou apenas com a avaliação da Secretaria de Obras (onde Leandro estava antes do DAE), que também participou da discussão. A pasta estima que o custo total para resolver o problema de drenagem em toda a cidade é de R$ 1 bilhão.

Metade deste valor, R$ 500 milhões, seria destinada única e exclusivamente à avenida Nações Unidas, que sofre com enchentes desde que foi inaugurada. O restante seriam “piscinões” de contenção de água — cinco deles no total.

Na reunião, a Secretaria de Obras listou quatro propostas de drenagem urbana que já estão em fase final – o da Nações, do Sambódromo e de outros dois bairros do município. A relação, na opinião de Chiara, é ínfima.

A vereadora criticou a falta de projetos prontos para serem executados. Ela disse que não é possível buscar recursos em São Paulo, por exemplo, se os parlamentares chegarem de mãos vazias. “Precisamos de motivo para buscar verba. Precisamos de projetos”, defendeu.

A avaliação dos parlamentares ao término da discussão foi de que a administração não tem agilidade para terminar os estudos sobre o tema e aencaminhar as obras definitivamente.

Para o arquiteto José Xaides de Sampaio Alves, professor da Unesp de Bauru, a reunião evidenciou a falta de um planejamento a longo prazo para os problemas reais do município.

“Temos uma questão de planejamento urbano neste debate”, resumiu. Ele criticou a ocupação de áreas próximas à nascente do Rio Bauru, o que deveria ser regulamentado e orientado pelo Plano Diretor.

Discutir a cidade, segundo o arquiteto, envolve necessariamente pensar no futuro. “Não teremos problemas de drenagem daqui a alguns anos se nosso Plano Diretor for pelo caminho certo”, definiu. Para Xaides, o que Bauru faz hoje é “enxugar o gelo” e “corrigir problemas do cotidiano”.

SEM PRESIDENTE

A saída do presidente do DAE fez com que a autarquia não fizesse nenhuma apresentação no encontro, que terminou desfalcado. “Isso é um descaso”, definiu a vereadora Chiara Ranieri (União Brasil), que promoveu a reunião.

A discussão estava inicialmente prevista para a semana passada, mas foi remarcada a pedido justamente de Leandro Joaquim, que acabava de assumir o DAE naquela ocasião. Segundo Chiara, ele afirmou que “não daria tempo” de preparar uma apresentação sobre o tema.

A reunião começou às 8h30. Joaquim foi o primeiro a falar, discursou durante alguns minutos, respondeu a algumas perguntas e saiu por alguns minutos para atender a um telefonema.

Voltou com uma apresentação em papel e entregou o documento à vereadora Chiara. “Preciso ir porque está pegando fogo no DAE”, disse. “E não tem água para apagar”, brincou um dos participantes da reunião.

Joaquim afirmou que um outro integrante da autarquia faria a apresentação. A equipe do DAE que acompanhava a reunião, porém, também foi embora. A empresa afirmou que procurava algum representante para a reunião, mas ninguém se prontificou à tarefa.

Foi quando Chiara leu uma mensagem que recebeu de um diretor do DAE, cujo nome ela não revelou. “Nenhum de nós estava sabendo da reunião, não fomos informados. Não podemos apresentar algo para o qual não fomos preparados”, registrou Chiara.

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