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MEIs quase dobram em 5 anos em Bauru e viram opção de renda extra
MEIs quase dobram em 5 anos em Bauru e viram opção de renda extra
Até 2022, eram 43.649 formalizados na cidade, sendo boa parte pessoas com carteira assinada buscando reforçar orçamento
Até 2022, eram 43.649 formalizados na cidade, sendo boa parte pessoas com carteira assinada buscando reforçar orçamento
Getty Images/iStockphoto

O número de moradores de Bauru registrados como microempreendedores individuais (MEIs) quase dobrou nos últimos cinco anos. Segundo estatísticas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon), são 43.649 pessoas formalizadas nesta modalidade na cidade até dezembro de 2022, 93% a mais do que o contabilizado em 2017, quando o número era de 22.604 inscritos.
E a novidade é que, com frequência cada vez maior, o registro como MEI tem se tornado uma opção para complementar a renda, conforme explica Marina Martins, diretora do Departamento de Relações do Trabalho, Emprego e Turismo. De acordo com ela, especialmente por conta da inflação, que alcançou o pico de 12,13% em abril de 2022, no acumulado de 12 meses, e reduziu o poder de compra da população, muitas pessoas, mesmo com emprego com carteira assinada, têm encontrado no MEI uma forma de reforçar o orçamento doméstico.
"Na Casa do Empreendedor, que faz parte da Sedecon, atendemos de 3 mil a 4 mil microempreendedores por mês e estamos percebendo o aumento deste padrão diferenciado. São, principalmente mulheres, que vão atuar, nas horas vagas, como manicure e pedicure, ou em casa, com comércio de roupas ou venda de alimentos", cita.
SEGMENTOS
Atualmente, inclusive, o topo do ranking das áreas de atuação de MEIs em Bauru é composto por cabeleireiros, manicure e pedicure; pedreiros e mestre de obras; comércio de vestuário; promotores de vendas; e fornecedores de alimentos, como pães, bolos e salgados. Já em relação à faixa etária, mais da metade (23.217) possui entre 31 e 50 anos.
A auxiliar administrativa Jamile Mariano, 46 anos, é uma das moradoras da cidade que se registraram como MEIs para complementar a renda e, também, realizar o sonho de empreender. Em 2017, ela, junto com o marido, Eduardo Mariano, abriu uma empresa de papelaria personalizada, que funciona na própria residência do casal. Entre os itens produzidos, estão agendas, planners, álbuns de bebês, cartões de visita, canecas e copos.
"Quando começamos, meu esposo também trabalhava com carteira assinada em uma gráfica, mas perdeu o emprego um pouco antes da pandemia. Agora, ele se dedica exclusivamente à nossa empresa e eu, nas horas vagas, às vezes, até de madrugada. Ainda não consegui, como MEI, um faturamento maior do que meu salário, mas, com persistência, espero, um dia, conseguir viver apenas do empreendedorismo", comenta.
PANDEMIA
Os dados da Sedecon também mostram que a maior alta anual de formalizações foi em 2021, no contexto da pandemia e consequente perda de empregos, quando foram contabilizados 5.224 registros. "Agora, os postos de trabalho estão voltando a ser abertos e, mesmo assim, o número de MEIs continua crescendo", pontua Marina.
Ela acrescenta que as inscrições também foram impulsionadas pela mudança de regime de contratação adotada por muitas empresas, que vêm privilegiando trabalhadores como pessoa jurídica (PJ). Desse modo, eles passam a ser prestadores de serviço e as organizações não precisam dispender recursos com direitos trabalhistas e previdenciários.
"Temos percebido, ainda, aumento do número de MEIs imigrantes, vindos, em sua maioria, do Peru, Venezuela e Afeganistão, e que abrem restaurantes de comida típica de seus países de origem. Alguns vêm para estudar e acabam ficando na cidade e outros são refugiados, por conta de problemas ocorridos nas nações em que viviam", descreve.
O número de moradores de Bauru registrados como microempreendedores individuais (MEIs) quase dobrou nos últimos cinco anos. Segundo estatísticas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon), são 43.649 pessoas formalizadas nesta modalidade na cidade até dezembro de 2022, 93% a mais do que o contabilizado em 2017, quando o número era de 22.604 inscritos.
E a novidade é que, com frequência cada vez maior, o registro como MEI tem se tornado uma opção para complementar a renda, conforme explica Marina Martins, diretora do Departamento de Relações do Trabalho, Emprego e Turismo. De acordo com ela, especialmente por conta da inflação, que alcançou o pico de 12,13% em abril de 2022, no acumulado de 12 meses, e reduziu o poder de compra da população, muitas pessoas, mesmo com emprego com carteira assinada, têm encontrado no MEI uma forma de reforçar o orçamento doméstico.
"Na Casa do Empreendedor, que faz parte da Sedecon, atendemos de 3 mil a 4 mil microempreendedores por mês e estamos percebendo o aumento deste padrão diferenciado. São, principalmente mulheres, que vão atuar, nas horas vagas, como manicure e pedicure, ou em casa, com comércio de roupas ou venda de alimentos", cita.
SEGMENTOS
Atualmente, inclusive, o topo do ranking das áreas de atuação de MEIs em Bauru é composto por cabeleireiros, manicure e pedicure; pedreiros e mestre de obras; comércio de vestuário; promotores de vendas; e fornecedores de alimentos, como pães, bolos e salgados. Já em relação à faixa etária, mais da metade (23.217) possui entre 31 e 50 anos.
A auxiliar administrativa Jamile Mariano, 46 anos, é uma das moradoras da cidade que se registraram como MEIs para complementar a renda e, também, realizar o sonho de empreender. Em 2017, ela, junto com o marido, Eduardo Mariano, abriu uma empresa de papelaria personalizada, que funciona na própria residência do casal. Entre os itens produzidos, estão agendas, planners, álbuns de bebês, cartões de visita, canecas e copos.
"Quando começamos, meu esposo também trabalhava com carteira assinada em uma gráfica, mas perdeu o emprego um pouco antes da pandemia. Agora, ele se dedica exclusivamente à nossa empresa e eu, nas horas vagas, às vezes, até de madrugada. Ainda não consegui, como MEI, um faturamento maior do que meu salário, mas, com persistência, espero, um dia, conseguir viver apenas do empreendedorismo", comenta.
PANDEMIA
Os dados da Sedecon também mostram que a maior alta anual de formalizações foi em 2021, no contexto da pandemia e consequente perda de empregos, quando foram contabilizados 5.224 registros. "Agora, os postos de trabalho estão voltando a ser abertos e, mesmo assim, o número de MEIs continua crescendo", pontua Marina.
Ela acrescenta que as inscrições também foram impulsionadas pela mudança de regime de contratação adotada por muitas empresas, que vêm privilegiando trabalhadores como pessoa jurídica (PJ). Desse modo, eles passam a ser prestadores de serviço e as organizações não precisam dispender recursos com direitos trabalhistas e previdenciários.
"Temos percebido, ainda, aumento do número de MEIs imigrantes, vindos, em sua maioria, do Peru, Venezuela e Afeganistão, e que abrem restaurantes de comida típica de seus países de origem. Alguns vêm para estudar e acabam ficando na cidade e outros são refugiados, por conta de problemas ocorridos nas nações em que viviam", descreve.


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#EDIÇÃO_446 - 21/03/2023

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