OPINIÃO

Nenê, o João

Por Francisco Antonetti Torrecilha |
| Tempo de leitura: 1 min

Toda família tem uma maneira carinhosa de tratar os filhos. Logo surgem os apelidos carinhosos. Na minha, não foi diferente: papai, mamãe, Pedrinho, Chiquito, Tiãozinho, Nena, Vete, Nenê e Margarida.

O Nenê era João e Deus disse recentemente que o contrato de vida dele tinha acabado. Portanto, estou aqui hoje para relembrar o seu passado.

Ele gostava de escrever e dar a sua opinião na Tribuna do Leitor. Como era assinante do Jornal da Cidade, adorava acompanhar os acontecimentos de Bauru e região.

Nenê deixou dois filhos, Rogério e João Carlos (Jô); um neto, o Luizinho; e as noras.

Uma família maravilhosa.

Ele era subtenente da Polícia Militar. Perdeu a esposa em um acidente com seu carro, que o deixou quebrado e resultou em sua aposentadoria por necessidade.

Mesmo com deficiência, sequela do acidente, ele nunca parou.

Fazia horta, cuidava de galinha, passarinho, gostava de futebol e era palmeirense.

Deus coloca as pessoas aqui para admirar o universo e aquele que faz coisas boas deixa suas histórias para o arquivo da vida.

Assim foi com o meu irmão Nenê. Conquistou muitos amigos, cumpriu o seu dever e entregou a sua ficha e histórias para o arquivo da vida.

A vida é mesmo assim, alguém tem que partir para outro entrar no jogo. Descanse em paz, mano Nenê.

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