A centralização das obras públicas sobre a secretaria de mesmo nome empaca o andamento de projetos de construção, como creches ou escolas e atrasa a entrega dos empreendimentos financiados pela Prefeitura de Bauru.
A situação se evidenciou na quarta-feira (1/3), em reunião pública na Câmara, promovida pela vereadora Chiara Ranieri (União Brasil), para discutir os projetos de reforma, ampliação e construção das escolas da rede municipal de Educação.
Participaram do encontro, além de Chiara, os vereadores Guilherme Berriel Cardoso (MDB) e Ubiratan Cassio Sanches, o Pastor Bira (Podemos), que compõem a Comissão de Educação. Coronel Meira (União Brasil) e Estela Almagro (PT) também compareceram.
O secretário da pasta, Nilson Ghirardello, admitiu que a concentração de tarefas no setor de Obras trava o andamento de projetos. Para Chiara Ranieri, o ideal seria a criação de um departamento técnico na própria Secretaria de Educação.
"É uma pasta que tem obra todo dia, reforma todo dia. Não é meia dúzia de prédio, mas muitos deles. Precisamos adequar isso. Não dá para depender da Secretaria de Obras. Precisamos dar mais autonomia e independência à pasta da Educação", disse a vereadora.
Na reunião, Ghirardello não negou que a centralização das obras sobre a pasta homônima prejudica, mas ressaltou que é preciso avaliar se de fato existe a possibilidade de garantir autonomia à Educação sobre questões técnicas.
"Estou tentando garantir autonomia sobre algumas questões para desafogar um pouco a Secretaria de Obras. Mas eu não sei se, legalmente, temos condição de realizar medição e acompanhamento de obras. Nosso próprio organograma não prevê isso", afirmou. Ele defendeu, no entanto, uma equipe maior para a pasta que comanda.
Chiara, enquanto isso, avalia que a falta de pessoal é um problema mais fácil de ser resolvido. "Estamos tranquilos com relação ao percentual de gasto com pessoal no município. Estamos com pouco mais de 40%. Podemos ampliar o quadro de funcionários na Secretaria de Educação", afirmou a vereadora.
Chiara Ranieri disse também que, a depender da Câmara, isso não deve ser um problema. "Mandem o projeto e nós faremos o possível para agilizar", apontou.
