
Alguns postos de combustíveis de Bauru já aumentaram, nesta quarta-feira (1), o preço da gasolina. Em alguns deles, o valor do litro já ultrapassa os R$ 5,00. O etanol também subiu em vários estabelecimentos, segundo apurou a reportagem. A alta foi implementada menos de 24 horas depois de o governo anunciar, nesta terça-feira (28), a retomada da cobrança de tributos sobre gasolina e etanol, a partir de hoje (1). Ficou decidido que a alíquota de PIS/Cofins vai subir a R$ 0,47 por litro da gasolina e R$ 0,02 por litro do etanol.
Por conta do aumento, os revendedores que ainda não mexeram nos valores amanheceram com filas de automóveis. Vários motoristas tentaram aproveitar a oportunidade de abastecer com o preço antigo.
Foi o que aconteceu em um posto situado na avenida Rodrigues Alves, próximo ao cruzamento com a Nações Unidas, no Centro, onde havia extensa fila de carros e motos. O preço no local ainda era o da semana anterior, mas poderia subir a qualquer momento, informou um dos frentistas. Neste estabelecimento, o valor cobrado era o mesmo tanto a vista no dinheiro ou nos cartões de crédito e débito. Por lá, os condutores pagaram, nesta manhã, R$ 4,39 pelo litro gasolina comum e R$ 3,22 pelo etanol.
Já em outro posto próximo, o preço foi acrescido assim que abriu, sendo a gasolina comum vendida a R$ 5,12 o litro e o etanol comum a R$ 3,47.
MÉDIA ATÉ ONTEM
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até ontem, a média do preço do litro do etanol comum era de R$ 3,47, com base em 16 postos pesquisados em Bauru. Pelo mesmo levantamento, a média da gasolina comum era de R$ 4,77 o litro, sendo o valor mais caro achado no município, até então, de R$ 4,99. Dados desta quarta-feira (1) ainda não estão disponíveis.
A ALTA
Conforme o JCNET já divulgou, o governo Lula comunicou a retomada da cobrança de tributos sobre gasolina e etanol a partir desta quarta (1), oito meses após as alíquotas terem sido zeradas pelo ex-presidente Bolsonaro (PL) na tentativa de derrubar o preço nas bombas.
A alta implementada veio em patamares inferiores aos cobrados antes do último congelamento (até R$ 0,69 e R$ 0,24, respectivamente), sendo que o diferencial entre os dois combustíveis foi mantido.
Os tributos sobre diesel, biodiesel e gás de cozinha permanecerão zerados até o fim de 2023, como já havia sido previsto em MP (medida provisória) assinada por Lula em 1º de janeiro.