COLUNISTA

Finitude

Por Por Carlos Brunelli | 18/02/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Pesquisa realizada em 2018 pelo Studio Ideias indica que para 73% dos brasileiros falar sobre a morte ainda é um tabu. O levantamento ainda traz outros dados interessantes como o de 79% acharem que nunca é a hora certa; que 63% associam a tristeza à morte; que 30% têm muito medo de morrer.

Para boa parte dos brasileiros, a morte está diretamente associada a sentimentos ruins como dor, tristeza e saudade, e isso faz com que as pessoas tenham dificuldade de falar sobre o assunto, prossegue o estudo. Somente 21% dos jovens discutem o tema e isso não se altera substancialmente com o passar dos anos, pois apenas 32,5% dos de idade acima de 55 anos colocam a morte nas rodas de conversa.

Com a COVID, que acabou por gerar quase 700 mil óbitos de brasileiros e brasileiras até o momento, esse assunto ganhou força, mas não a ponto de tornar corriqueira, óbvia ou recorrente a inclusão da matéria no cotidiano do bate-papo.

A professora Leila Tardivo, do Instituto de Psicologia da USP, em entrevista à Rádio USP, lembrou que "o medo da morte nos acompanha desde sempre, mas ele precisa ser um sinal de alerta, um estímulo para a vida, não uma situação de paralisia, de desespero, que nos impeça o viver e a esperança".

A morbidez do tema talvez tenha a ver com o imaginário popular que atrela a passagem desta vida à escuridão, quem sabe à dor, à incerteza, ao desconhecido. Dentro de uma perspectiva humana, da visão de mundo que nos é massivamente apresentada, esses sentimentos têm lá sua lógica, uma vez que fincados nesta vida terrena e finita, onde tudo acaba com a morte.

Mas existe uma verdade que infelizmente ainda é desconhecida por grande parte da população mundial, população essa que, segundo projeções, atingiu a marca de 8 bilhões de pessoas em novembro do ano passado. Destas, não chega a 2,5 bilhões aqueles que afirmam ser cristãos, ou seja, algo em torno de 30%. No Brasil os números são mais animadores, à primeira vista, visto algo em torno de 84% declararem ter o cristianismo como sua religião. Porém, a quantidade de cristãos nominais - aqueles que não professam a fé declarada - também é de percentual elevadíssimo.

A verdade, ainda desconhecida por grande parte da população, está ao alcance das mãos, nas Sagradas Escrituras, no Evangelho de Jesus Cristo. Ali, a morte não é um tema tabu. O assunto não é evitado, não tem a preocupação de ser ou não desagradável, dispensa o cuidado em não constranger o leitor. Ao contrário, escancara a diferença entre vida terrena e vida eterna. Alerta para os malefícios de apegar-se tão somente ao mundo material, às realizações efêmeras, aos prazeres momentâneos, ao sucesso fugidio. Exalta, em contraponto, a plenitude de graça e paz que inunda aquele que se debruça a estudar, entender e sobretudo aplicar a divina e poderosa doutrina celestial.

Embora se resuma a dois princípios básicos - amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo - a Bíblia é um manual de ensinamentos para todas as situações, uma regra de conduta para tempos de fartura e de escassez; para momentos de alegria ou de tribulações; fases de desalento ou de euforia, a demonstrar que, sólidos em Cristo, temos a esperança de vida eterna e nada devemos temer, nem mesmo a morte.

"- Em verdade, em verdade lhes digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5:24).

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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