O levantamento federal aponta que, em 2022, o setor de prestação de serviços respondeu por 2.640 do total de vagas. E a indústria foi o segundo segmento que mais contribuiu para o resultado positivo, com 1.545 postos. Juntos, eles contabilizaram 75% dos novos empregos de Bauru.

Já o comércio, que já foi um dos carros-chefes da economia bauruense, criou 737 postos de trabalho no ano passado, seguido da construção civil, com 733 vagas. A agropecuária, por sua vez, extinguiu 98 postos.

Diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Gino Paulucci pontua que a pandemia gerou forte impacto nas cadeias de produção, bem como nos fluxos do comércio internacional, com o consequente fechamento de vagas de trabalho. Já em 2022, o setor havia se reestruturado e, mesmo com a guerra na Ucrânia, voltou a empregar mais trabalhadores.

'OTIMISMO'

"É um resultado que reflete o otimismo do brasileiro e a resiliência dos industriários. Todo o desarranjo que tivemos foi diminuindo ao longo do tempo. Depois de dois anos de represamento, os empresários investiram um pouco e poderiam ter ido além, se as taxas de juros não estivessem tão elevadas", frisa, acrescentando que, se o governo federal implementar medidas estruturantes, como as reformas Tributária e Administrativa, e de fomento à indústria, o setor irá crescer ainda mais, com condições de criar um número maior de empregos.

De acordo com o Caged, das 5.557 vagas geradas em Bauru, 721 (13%) dizem respeito a trabalhadores considerados "não típicos", ou seja, aprendizes, funcionários intermitentes ou temporários. Ainda conforme o levantamento, do total de postos, 4.496 foram destinados a pessoas com até 24 anos, sendo que 4.303 trabalhadores tinham ensino médio incompleto ou completo.