Golpe da Copa já conta com 120 mil detecções em novembro

Por José Milagre | 11/12/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Já era de se esperar que o maior evento do mundo fosse alvo de criminosos cibernéticos. O dfndr lab, especializado em cibersegurança, identificou golpes ligados a copa, muitos deles, que usam o Pix, que hoje responde por 70% dos crimes financeiros e, conforme o Banco Central, o volume de golpes envolvendo Pix está próximo de R$ 1,8 bilhões em 2022. Só em novembro de 2022, o dfndr security detectou mais de R$ 120 mil tentativas de golpes envolvendo a copa.

Método
Na maior parte dos casos, a abordagem envolve uma suposta “copa premiada”, onde os criminosos informam que a pessoa ganhou um prêmio, mas para resgatá-lo é preciso fazer o PIX. Normalmente os golpes têm a função de capturar dados pessoais, que serão utilizados em outros golpes.

8 milhões de consumidores sofreram golpes financeiros em 2022
Conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, nos últimos 12 meses 8,4 milhões de consumidores sofreram alguma fraude em instituições financeiras em 2022. O principal golpe é a clonagem de cartão de crédito. Logo depois, vem a transferência de dinheiro para alguém que se passou por conhecido. Apenas 10% dos pesquisados entraram na justiça, sendo que 11% não tomaram nenhuma medida. 29% dos entrevistados não recuperaram o dinheiro perdido.

Pagamentos por aproximação já são 37% em 2022
É notório que os brasileiros estão cada vez mais aderindo aos métodos de pagamentos digitais. Conforme dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os pagamentos nesta modalidade indicaram 37,7% em setembro de 2022, número muito acima que 19,4%, registrado no ano anterior. Estabelecer um limite para transações e sempre confirmar o valor na máquina são consideradas medidas de segurança. Esta modalidade dispensa a digitação de senha.

Investidores de alto padrão são vítimas de crimes com criptomoedas
Investidores de alto padrão estão caindo em golpes ligados a criptomoedas, principalmente na rede Telegram. É comum que o app seja usado por corretoras para listar ou contatar seus clientes. Cientes desse cenário, os criminosos se infiltram, coletam dados e infectam inúmeras vítimas. Normalmente os criminosos falseiam a identidade visual de corretoras, empresas de câmbio e atraem vítimas para outros chats, com “oportunidades de investimentos”. Quando as vítimas demonstram interesse, os criminosos enviam o que seria uma “planilha de rendimentos”.

Problema
Esta planilha contém macros anexadas, que extraem dlls maliciosas a partir de uma imagem hospedada na internet e  então, é instalada uma backdoor que dá acesso remoto ao computador da vitima e pode desviar transferências de criptomoedas. Cuidado!

Youtube
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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