Cuidados com os pets durante os jogos da Copa do Mundo

Por Thaís Viotto |
| Tempo de leitura: 3 min
Presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB Bauru (CPDA OAB Bauru) e do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal (COMUPDA)

A Coluna Animal dessa semana vai abordar os principais cuidados que os tutores de pets devem ter com eles durante a realização de jogos da Copo do Mundo que acaba trazendo ruídos tais como sons de corneta, fogos e rojões, ruídos esses que prejudicam os animais domésticos e silvestres pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

 Os animais tem a audição muito mais apurada que a do ser humano. Os pets, em especial, sofrem muito nessa época do ano durante os jogos que estão na Copa do Mundo, em especial nos dias de jogos do Brasil, claro. Alguns animais se acidentam dentro de casa no desespero de se esconder, outros fogem e outros, infelizmente, acabam vindo a óbito, seja por se acidentarem dentro de casa ou por fugirem e serem atropelados.  Sendo assim, a Coluna Animal, baseada na Campanha de Conscientização “Diga não aos rojões e fogos de artifício com barulho” da OAB/DF, vai passar uma série de dicas para amenizar o sofrimento dos nossos pets durante os jogos:

•             Não deixar o animal preso a correntes, isso pode causar até enforcamento, como em muitos casos acontecem quando o bichinho se enrola na própria corrente ou tenta pular o muro;

•             Não deixar o animal em ambientes com janelas abertas, mesmo tendo grades. O animal pode tentar pular e acabar caindo ou ficando preso na grade;

•             Não deixar o animal sozinho e trancado durante os estrondos, isso só reforça o medo e a associação do barulho a algo ruim. Há também o risco de o animal passar mal sem ninguém para socorrê-lo;

•             Jamais brigar com o animal, ele não tem culpa de sentir medo. Invés disso, oferecer carinho e petiscos para que ele associe o barulho a algo bom;

•             Hoje em dia, há playlists musicais direcionadas aos animais e apropriadas para a audição aguçada deles, para amenizar esse momento de tensão. É recomendável que durante esses episódios, os tutores deixem o som mais em evidência para que camufle, o máximo possível, os sons de fora. Se não for possível, pelo menos deixar o som da tv mais alto para ele não se prender somente ao som da rua;

•             Não deixar portas e janelas abertas que possibilitem acesso à rua. Muitos animais fogem e acabam se perdendo, sendo atropelados e ficando vulneráveis a todo tipo de perigo da rua;

•             Em casos de acidente ou mal estar mais acentuado, levar o animal imediatamente ao veterinário;

•             E sempre deixar seu animal com coleira e plaquinha de identificação contendo o nome do pet e o contato do tutor. Se mesmo com todos os cuidados ainda ocorrer uma fuga, a identificação poderá ser decisiva para que o tutor recupere o seu bichinho.

Em Bauru, temos a Lei Municipal nº 7055/18, que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso no Município de Bauru e dá outras providências.

Seja consciente, não solte fogos e rojões com estampidos, eles prejudicam todos os animais silvestres e domésticos e também pessoas portadoras do espectro autista (TEA).

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