COLUNA

Qual Brasileirão foi o seu?

13/11/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Depois de uma maratona de 38 rodadas e 380 partidas, o Brasileirão 2022 vai terminar por volta das 18h deste domingo (13). Na rodada final, restam briga por vaga no G8 e, portanto, classificação para a Libertadores e o derradeiro lugar no Z4, a famigerada zona da degola. Ah, e tem ainda a definição do vice. O campeão já é conhecido desde a 35ª rodada.

Mas, torcedor, qual foi o seu Brasileirão? Vamos analisar a trajetória dos quatro grandes paulistas. Começando pelo Nacional de sonhos que viveu o Palmeiras. De uma derrota na estreia para uma campanha histórica, empilhando recordes, fazendo parecer fácil ganhar a competição. Que regularidade que o time apresentou. Visitante indigesto - escrevo antes, mas se não perder nesta tarde para o Internacional, termina a competição invicto fora de casa. Isso mesmo, invicto.

O Palmeiras presenteou o palmeirense com um desempenho excepcional. Logo deixou claro que era questão de (pouco) tempo até sacramentar o hendeca. E foi ratificando a condição de favorito a cada rodada. Elenco experiente, acostumado a vencer. Termina o Brasileirão com sobras e entra para a história com a campanha absolutamente incontestável e irrepreensível que fez ao longo da competição.

Sentimentos opostos

São Paulo e Corinthians terminam o Brasileirão com sentimentos opostos. Ambos os clubes foram competitivos e priorizaram, em determinado momento, as copas (o que foi correto). Porém, no Nacional, tricolores finalizam frustrados, porque (volto a dizer, escrevo antes da última rodada e o time, até então, tinha chances matemáticas) a vaga na Libertadores escapou. Corintianos avaliam como "ok" a participação.

O São Paulo não tem elenco para disputar com ênfase três competições simultâneas. Assim, acabou optando por apostar nas copas, principalmente a Sul-Americana em detrimento do Brasileirão. Chegou à final, jogou mal, perdeu o título e a vaga na Libertadores. Voltou-se para o Nacional, chegou a entrar no G8, mas não teve fôlego para se seguir lá.

O Corinthians foi mais regular. Manteve-se entre os primeiros colocados ao longo de todo o Brasileirão. O Alvinegro também não tem elenco para disputar três campeonatos simultâneos de maneira competitiva. Caiu na Libertadores e avançou à final da Copa do Brasil. Perdeu o título, que daria classificação à Libertadores - talvez, talvez, se fosse mais corajoso em casa teria levado o caneco e nem seria nas penalidades. Mas, à medida que o G4 foi virando G5, G6... ganhou tranquilidade e manteve o ritmo para sacramentar uma vaga no principal torneio de clubes do continente.

Ultimamente, com a nova realidade de forças no cenário nacional, gigantes como São Paulo e Corinthians se contentam com classificações para torneios e premiações por honrosas colocações. Que tal situação não se perpetue para o bem do futebol brasileiro. Ambos precisam ser protagonistas juntamente com os atuais dominantes Palmeiras e Flamengo e não coadjuvantes.

Não passou confiança

O Santos termina o ano, de certa maneira, aliviado. O time chegou a flertar, em alguns momentos, com a ameaça de rebaixamento. O ano santista foi confuso. Muitas trocas de treinador - e profissionais com perfis completamente contrastantes se sucedendo -, falta de continuidade no trabalho, elenco modesto...

Enfim, o Santos, em 2022, em nenhum momento passou confiança de que poderia brigar por algo maior. Termina o Brasileirão garantindo uma vaga na Copa Sul-Americana. Para o que chegou a ser uma temporada que poderia ser histórica no sentido negativo, está razoável. O Santos continua, ao lado de São Paulo e Flamengo, como um dos clubes que nunca foram rebaixados. Uma questão de honra mantida.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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