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Crédito bancário

Josefa Cunha
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Crédito a micros e pequenos cresce 40%

Texto: Josefa Cunha

A Gerência de Mercado da CEF em Bauru avalia que a alta procura pelo crédito significa aquecimento na economia local, já que é destinada a investimentos

A liberação de crédito a micro e pequenas empresas registrou o expressivo crescimento de 40% este ano em Bauru. Entre janeiro a junho, a Caixa Econômica Federal

(CEF) realizou 290 operações do tipo na cidade, concedendo um total de R$ 1,97 milhão a esses empreendedores. Na região, foram 1.450 operações, somando mais de R$ 12,5 milhões. A CEF não forneceu números exatos das movimentações ocorridas no mesmo período de 1999, mas estima que elas tenham aumentado, no mínimo, 40%.

Atualmente, a CEF dispõe de três linhas especiais destinadas às micro e pequenas empresas, ou seja, àquelas que apresentam faturamento anual de até R$ 240 mil e R$ 1 milhão, respectivamente. Para investimentos, a Caixa oferece o Programa de Geração de Emprego e Renda

(Proger), cuja pequena taxa de juro - 3% a 5% ao ano mais TJLP

- é tida como o principal atrativo. As linhas mais procuradas

- chegam a totalizar até 60% das operações

-, no entanto, são as destinadas à incrementação do capital de giro.

O gerente de mercado da CEF em Bauru, Luiz Alberto dos Santos, explica que existem dois tipos de crédito dessa natureza: o Girocaixa e o Girocaixa Instantâneo, este mais conhecido como antecipação de recebíveis ou desconto de cheques. Para ambas as carteiras de Girocaixa, a taxa de juros mensal varia entre 1% e 2%.

Na opinião de Santos, o crescimento verificado é sinônimo de que a economia local e regional dá sinais de aquecimento. "Partindo do princípio que quase metade das operações de crédito é destinada a investimentos, fica fácil deduzir que as empresas estão se modernizando e crescendo. Na maioria das vezes, constatamos que esses empresários tomam o empréstimo para adquirir novos equipamentos e tecnologias, o que é um bom sinal para a economia", avalia Santos.

Para este segundo semestre, a projeção é de que a procura pelas linhas de crédito se mantenha em alta, especialmente pelas de capital de giro. De acordo com Santos, o segundo semestre, historicamente, movimenta bastante esse setor, uma vez que as empresas buscam alternativas para reabastecer os estoques e fazer reservas para as despesas comuns do fim do ano.

No próximo mês de agosto, ainda, a CEF estará com mais uma opção de crédito: o BNDES Auto. Trata-se de uma nova linha de financiamento que, além das micros e pequenas, atenderá também as médias e grandes empresas.

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