A única solução para os já conhecidos problemas estruturais da Cadeia Pública de Bauru, que agora foram constatados pela Vigilância Sanitária, é a construção de um novo prédio, maior, um Centro de Detenção Provisória (CDP), de acordo com o delegado seccional de Bauru, Antônio Ângelo Ciocca. Ele voltou a afirmar que não há para onde transferir os presos, por isso a interdição torna-se inviável.
A esperança de Ciocca é que o CDP, obra aprovada para o orçamento do governo estadual de 2002, seja construído em pouco tempo. Ele lembrou que o CDP é a segunda das três obras prioritárias do Estado para a região de Bauru - a primeira obra é a duplicação da rodovia Bauru-Marília e a terceira é a instalação de uma Fatec.
Ciocca praticamente descartou fazer uma reforma no Cadeião, construído nas décadas de 40 e 50. Ele frisou que já foram feitas várias reformas e a situação não foi resolvida por causa do tamanho do prédio. O Cadeião foi construído na época que a cidade tinha 60 mil habitantes. Hoje, precisa de um prédio maior, disse.
Atualmente, Bauru tem cerca de 550 presos enquanto o limite do Cadeião é de 108. Ontem, o Cadeião abrigava 173 presos e os demais estavam distribuídos entre as cadeias das 11 cidades que compõem a área da Delegacia Seccional de Bauru. Com isso, além da cadeia de Bauru, as cadeias de Piratininga, Reginópolis e outras cidades também estão lotadas.
Para Ciocca, o laudo da Vigilância Sanitária poderá ajudar a apressar a construção do CDP uma vez que confirma os problemas estruturais do Cadeião. O CDP é um modelo novo de cadeia para presos provisórios, com capacidade para cerca de 700 detentos, que já está funcionando em Sorocaba e na Capital.