Depois dos bancários terem realizado várias atividades de pressão referentes às negociações da campanha salarial da categoria, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), em reunião com a Executiva Nacional dos Bancários, apresentou, ontem, uma proposta de 4% de reajuste sobre os salários de agosto de 2001, que já foi negada pela categoria. Os trabalhadores estão reinvidicando 20,46%. A informação é do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região.
De acordo com a entidade, o item da proposta que trata sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é igual ao do acordo anterior, com um pequeno acréscimo de R$ 18,00. No ano passado, a PLR foi de 80% do salário mais R$ 450,00. Agora, a Fenaban apresentou proposta de 80% do salário mais R$ 468,00, sendo que a primeira parcela poderá ser paga em novembro próximo: 40% do salário mais R$ 200,00. A segunda parcela seria paga até 1.º de março de 2002.
O abono salarial seria efetuado com um pagamento único de R$ 750,00, segundo a proposta da Fenaban. As demais verbas seriam corrigidas pelo mesmo índice de 4%.
Na avaliação do sindicato, a proposta apresentada é insuficiente e está bastante abaixo do reivindicado pelos bancários. Com enorme lucratividade, os bancos precisam ainda avançar em várias outras reivindicações e, além disso, melhorar bastante o índice de reajuste e a PLR. Para se ter uma idéia da insuficiência do índice proposto, o piso salarial dos bancários (escriturário) passaria de R$ 502,34 para R$ 522,43, observa o diretor de comunicação do sindicato, Marcos Silvestre. Em função de tudo isso, na próxima semana, devem ocorrer novas manifestações, em todo o País, como forma da categoria pressionar os banqueiros.
Ontem, em Bauru, as agências do Bradesco (rua Agenor Meira com Ezequiel Ramos) e do Itaú (Ezequiel Ramos), que são as maiores dos dois bancos na cidade, abriram as portas somente às 10 horas. Foi mais uma atividade da Campanha Salarial dos Bancários 2001.