O bebê normalmente nasce chorando porque sente diversas agressões e choques ao nascer. O médico pediatra Rinaldo Victor de Lamare relatou em seu livro, A Vida do Bebê, um estudo feito pelo médico francês Leboyer que adverte que o bebê nasce chorando porque sofre ao nascer, pois:
não nasce cego, portanto sente as luzes fortes da sala de parto; não nasce surdo, por isso ouve os ruídos dos equipamentos e as vozes no local; tem olfato e sente o cheiro, para ele desagradável, dos desinfetantes usados; o bebê não é insensível e sofre com os puxões violentos pelos pés e pernas, e sua pele, sobretudo a das costas, é de grande sensibilidade, sendo constantemente seguro e apertado por mãos que mais parecem garras.
Leboyer destacou, em seu estudo, que dizer que o recém-nascido nada sente é a maior maldade que o homem já cometeu. Ele aconselha que as salas de parto sejam locais mais agradáveis para o bebê. Evitando-se luzes diretas sobre seus olhos, segurando-o com carinho, levemente, sem fazer muito ruído, o recém-nascido pára de chorar e nasce sorrindo.