Uma operação conjunta da Polícia Militar, através da 1.ª Cia, e da Polícia Civil, pelo 3.º Distrito Policial, apreendeu, ontem em Bauru, vários equipamentos suspeitos de estarem sendo usados para reprodução de CD formato MP3. Os equipamentos, computador, aparelho de som e originais de CDs supostamente usados para produzir os CDs piratas, foram recolhidos por ordem judicial.

Os proprietários dos equipamentos foram encaminhados ao 3.º DP, onde foram ouvidos e depois liberados. O delegado-titular do 3.º DP, Marcelo Haddad, explicou que os equipamentos e os CDs apreendidos serão encaminhados para a Polícia Técnica, para verificar se vinham sendo usado ou não para pirataria. Paralelamente, será aberto inquérito policial que investigará se houve ou não violação dos direitos autorais.

O coordenador regional da Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos, Clóvis Moreira, explicou que a operação não é local, mas sim nacional, em função do crescimento da pirataria no setor. É um fenômeno mundial. O Brasil está numa escala muito grande de pirataria em relação aos outros países. Estamos perdendo 45% do mercado nacional para os piratas disse.

Na opinião dele, a pirataria no setor fonográfico está prejudicando também a música popular brasileira. Cerca de 70% do que é produzido no País são músicas brasileiras e as gravadoras e fábricas detentoras dos direitos autorais estão numa situação crítica devido a esse crime praticado pelos piratas frisou.

O desemprego é apontado por ele como um dos fatores que mais influencia. Nossa preocupação é com o aumento da criminalidade. Piratear é uma forma de obtenção de lucros fáceis. O responsável pela reprodução sem a devida autorização responde por crime de violação de direitos autorais e está sujeito a pena de reclusão de um a quatro anos ou multa.