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Médicos reivindicam mais funcionários

Ieda Rodrigues
| Tempo de leitura: 2 min

O quadro clínico dos prontos-socorros, como o MP, também reivindica o preenchimento dos cargos vagos na Saúde.

Os médicos dos prontos-socorros de Bauru também estão reivindicando a contratação de profissionais para preencher os cargos vagos na rede municipal de Saúde. Eles redigiram uma carta reivindicatória na semana passada, que só não foi entregue ao prefeito Nilson Costa em função de, no início desta semana, o Ministério Público Estadual ter ingressado com ação civil pública com pedido de liminar solicitando a mesma coisa.

A carta será entregue ao prefeito na próxima semana caso o pedido de liminar seja indeferido, segundo contou o médico Felinto dos Santos Neto, diretor do Departamento de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde. O juiz da Vara da Infância e Juventude de Bauru, Ubirajara Maintinguer, ainda não apreciou o pedido de liminar assinado pelo promotor Lucas Pimentel de Oliveira.

Na carta, que está pronta, os médicos relatam a situação dos prontos-socorros e solicitam que os cargos vagos na rede municipal de Saúde, em decorrência de pedidos de exoneração, sejam preenchidos com novas contratações. Estão vagos 38 cargos - faltam 15 médicos pediatras, 5 médicos clínicos geral, 12 auxiliares de enfermagem e 6 enfermeiros.

Na reunião, o quadro clínico dos prontos-socorros decidiram que será dado um prazo ao prefeito para iniciar as contratações. Caso nenhuma medida seja tomada, os médicos pretendem fazer representação ao Ministério Público e expor a situação atual, considerada muito difícil por falta de funcionários, a outros órgãos. Eles estariam dispostos a fazer um pedido de demissão coletiva caso os cargos vagos não sejam preenchidos.

Felinto dos Santos Neto explicou que é preciso preencher os cargos vagos porque a população aumentou e, em conseqüência, a demanda pela rede municipal de Saúde, também. Ele frisou que foram feitas contratações, mas também ocorreram vários pedidos de exoneração. Outro item da carta reivindicatória dos médicos é a reforma do Pronto-Socorro Central, pequeno para o número de pacientes atendidos.

Atualmente, em função do tamanho do prédio do Pronto-Socorro Central, pacientes ficam internados em macas instaladas nos corredores, sem falar nas dependências acanhadas para consulta e espera. No entanto, Santos Neto frisou que as condições gerais da rede municipal de Saúde hoje, em comparação ao mesmo período do ano passado, estão melhores.

Em outubro do ano passado, após a morte do estudante Flávio Polaquini, que foi atendido no Pronto-Socorro Central, a Secretaria Municipal de Saúde contratou mais médicos e adquiriu equipamentos. Felinto dos Santos Neto lembrou que foram comprados diversos equipamentos, mas a estrutura física continua problemática.

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