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Polícia orienta a desconfiar sempre

Rita de C. Cornélio
| Tempo de leitura: 2 min

Para evitar cair em golpes, a orientação é não confiar em estranhos e tomar cuidado com conversas telefônicas

Não confiar em estranhos, não permitir a entrada de pessoas desconhecidas em casa e comunicar imediatamente a polícia após qualquer abordagem suspeita são recomendações básicas para quem quer ficar longe de prejuízos.

Na opinião do delegado J.J. Cardia, titular da Delegacia de Investigações Criminais (DIG), por terem vivido em uma época mais pacífica e ingênua, os idosos são as presas prediletas dos golpistas. Antigamente, as pessoas eram mais honestas e os crimes eram raros de ocorrer. Muitos viveram quando a confiança no ser humano era sólida, quando se vendia a prazo sem consultar o Serviço de Proteção ao Crédito, exemplificou.

O delegado sabe que é difícil fazer com que o idoso entenda e conviva com a realidade dos dias atuais, totalmente diferente daquela em que foi criado. Os familiares têm que procurar orientar os idosos. Explicar a eles que hoje existe muita gente querendo aplicar golpes e que ninguém oferece grandes negócios de graça, especialmente porque as dificuldades são gerais, recomendou.

Fazer com que o idoso acompanhe os noticiários também é uma boa alternativa para fazer com que se atualizem e acreditem nos golpes. Eles podem despertar para o perigo, frisou o delegado.

J.J. Cardia ainda aconselha que os parentes com idade avançada sejam periodicamente visitados. Essa presença freqüente, importantíssima na casa do idoso que vive só, é fundamental para afastar pessoas mal-intencionadas, que costumam sondar suas vítimas antes de aplicar efetivamente o golpe. Convencer os idosos a ficarem longe de pessoas estranhas é outra medida de proteção bastante eficiente. Por confiar demais nos outros e terem necessidade de atenção, eles têm o hábito de contar a vida para qualquer desconhecido, o que os deixa vulneráveis aos estelionatos, explicou Cardia.

Da mesma forma, receber a visita de desconhecidos é outra brecha que as pessoas de idade oferecem aos golpistas e marginais. O estranho pede água, se apresenta como advogado ou outro profissional qualquer e o idoso acredita, especialmente porque a aparência do golpista costuma ser boa. É um perigo. Temos que alertá-los a nunca receber em casa pessoas que não conhecem, enfatizou.

As conversas via telefone também devem ser cuidadosas, alertou o delegado. Há idosos muito sozinhos que contam a vida para qualquer pessoa pelo telefone. É através dessas conversas que os golpistas descobrem onde a vítima tem conta bancária, quanto tem de dinheiro, qual a senha, etc.

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