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Segurança, onde está?

N. Serra
| Tempo de leitura: 3 min

Já não têm as cidades grandes, outrora tão pacíficas, tão boas de se viver, a segurança exigida por suas populações. E se diz segurança de todos os tipos e, igualmente, estilos. Assim, quem ainda não sentiu conseqüências diretas da nova situação, pois não sofreu qualquer gênero de agressão física ou material na rua ou em sua casa, pode sentir o problema entrando em contato com os meios de comunicação, nos quais figuram, a todo instante, ocorrências correlatas. São seqüestros alcançando pessoas de ambos os sexos e quaisquer idades, surpreendendo até crianças. São, também, furtos e roubos atingindo empresas e residências, como o são, em pé de igualdade, veículos de todos os naipes, seja de transportes de mercadorias ou automóveis em geral. Logicamente que deixar carros em determinados lugares, em artérias comerciais para alguns minutos de papo ou compra, é como que desconsiderar o valor do bem que custou uma dinheirama para ser removido da loja ou da revenda. É evidente, então, que desapareceram, lá no longínquo ocaso do enorme cenário urbano, os bons tempos em que a vida do brasileiro era verdadeiramente risonha e franca... Nada a fazia preocupar-se a qualquer hora, sob o clarão do rei sol ou da rainha lua. Hoje, a comunidade não usufrui mais daquela tranqüilidade nem no recesso de suas moradias, que são invadidas, ainda que bem protegidas. O radialista Silvio Santos e sua família que opinem, falando sobre sua recente odisséia. Estão traumatizados até agora.

E a problemática vai chegando aos limites das cidades menores, onde as ocorrências do gênero começam a se registrar repetidamente. E na nossa querida Bauru, como é o panorama? Aqui, felizmente, ainda não se tem muito a lamentar, mas não podemos afirmar que nada ela tenha no palco. Já assinala alguma coisa e vai preocupando as autoridades, ameaçadas pela possibilidade de que elas ganhem corpo, vitimem muita gente e lhes aumentem os riscos de vida em função de seu tipo de trabalho diuturno. Seja por isso que aí esteja o vereador Roberto Bueno apresentando na Câmara Municipal projeto de lei obrigando os estabelecimentos bancários a ampliarem a segurança sua e da clientela, instalando equipamentos específicos, tais como portas giratórias com detector de metais, construídas com vidros laminados que resistam ao impacto de projéteis de armas de fogo. Estabelece, igualmente, a propositura, a instalação de circuitos internos de vídeo e alarme contra assalto ligado diretamente aos órgãos de policiamento preventivo. Despertou-se, também, o nobre vereador, para as necessidades do setor em si, pois o projeto atinge totalmente o âmago não só bancário como os demais, eis que tudo reclama medidas preventivas tendo em vista resguardar totalmente a segurança da população e, então, aos órgãos públicos incumbe esquematizar outras medidas com tal objetivo. Todas as manhãs - tradição de muitos anos - o colega Mário Sérgio (JC-Comercial), logo que adentra o salão incentiva os companheiros com um clássico e sonoro vamos trabalhar, minha gente! O pessoal sorri, lança-lhe o primeiro olhar do dia e vai em frente. Talvez fosse isso que, na nossa opinião, as chefias de serviços públicos do município tivessem que adotar também em favor da segurança da sociedade, pois, trabalhar é preciso.

(*) O autor, N. Serra, é o jornalista responsável do JC e delegado regional da Associação Paulista de Imprensa e da Ordem dos Velhos Jornalistas

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