Saúde

Higiene e alimentação são sinônimos de boa saúde

Sabrina Magalhães
| Tempo de leitura: 3 min

Depois dos cuidados iniciais de escolha e vacinação, uma dieta equilibrada e a manutenção de hábitos adequados de higiene são condições fundamentais para a saúde do bichinho e de seus criadores.

De acordo com o veterinário Paulo Zanardi, os animais devem ser alimentados exclusivamente com ração e água. “Hoje, o mercado dispõe de opções para as mais variadas situações: tem ração para gato de apartamento, para gato peludo, para filhote, para cachorro idoso - uma infinidade delas. E os fabricantes estão facilitando cada vez mais”, afirma.

Algumas pessoas costumam amolecer a ração com leite. Zanardi explica que alguns animais podem ter intolerância ao produto, apresentando diarréia, ressecamento das fezes ou até cálculo na bexiga. Neste caso, ele recomenda o uso de água ou de rações mais macias.

Segundo o veterinário, a comida humana, em geral, não fornece os nutrientes e vitaminas necessários ao animal. Além disso, são pratos muito temperados, que podem causar alergia e mal-estar aos bichinhos. O resultado pode ser emagrecimento ou obesidade, pêlos opacos e com queda excessiva.

Banho

Quando o assunto é higiene, o veterinário ressalta que o menor intervalo recomendado para o banho de cães é de uma semana, em média. No caso dos gatos, a indicação é de banhos mensais. Em ambos os casos, ele defende o uso de produtos específicos para os bichinhos, alegando que xampus e sabonetes adequados para a pele humana podem ser ruins aos animais.

A temperatura da água deve ser morna e agradável, de modo que cães e gatos sintam-se confortáveis durante o banho. Em seguida, eles devem ser enxugados, com atenção especial aos ouvidos, que podem infeccionar com facilidade.

“Outros cuidados variam muito de raça para raça. Alguns cães, como o cocker e o poodle, precisam ter o pêlo tosado periodicamente para não formar nós. Além disso, cães peludos e gatos devem ser escovados diariamente”, ressalta.

No caso dos gatos, a escovação é fundamental. Eles têm o hábito instintivo de lamber o próprio corpo para promover a higiene. Só que, com isso, eles engolem boa parte dos pêlos que se soltam. Esses pêlos não são digeridos e vão formando “bolas” no estômago do animal, que resultam em vômitos freqüentes. “Há casos em que eles não conseguem vomitar e essas bolas ficam tão grandes que têm que ser retiradas cirurgicamente”, alerta Zanardi.

O comprimento das unhas também precisa ser verificado de vez em quando. No caso dos cães, elas devem ser aparadas a cada dois meses aproximadamente. Para os gatos, o intervalo ideal é de 15 dias.

“Cães que vivem em áreas cimentadas têm um desgaste natural das unhas, menos no primeiro dedo, mais alto. Quando o criador descuida, a unha pode crescer em forma de chifre de carneiro e ferir o couro, infeccionando”, orienta.

Segundo Zanardi, porém, da mesma forma como a unha humana, existe um limite para o corte das unhas. Nos animais, elas são irrigadas por uma veia bastante calibrosa (grossa). Se o corte atingir esta veia, ocorre sangramento, dor e risco de inflamação.

Dentes

O veterinário afirma que os animais têm uma resistência boa contra os germes que causam as cáries. Porém, como eles não escovam os dentes, eles podem desenvolver placas bacterianas e tártaro em graus bastante variados. Quando isso acontece, é preciso levá-los ao veterinário para fazer uma limpeza.

Questionado sobre a periodicidade deste tratamento, Zanardi comenta que varia muito de um animal para outro. Alguns precisam retirar o tártaro anualmente, outros passam a vida toda sem apresenta problemas e só desenvolvem uma gengivite ou periodontite na velhice.

“Mas cachorro que rói osso geralmente tem os dentes afiados e limpos. Funciona como um fio dental, que vai removendo os restos alimentares. Pode ser osso de açougue, osso tratado ou mesmo ossos sintéticos feitos de fibras especialmente desenvolvidos para isso”, comenta.

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