Bairros

Ondulações representam 65% do relevo

Thaís da Silveira
| Tempo de leitura: 3 min

A altimetria média de Bauru é de 540 metros. Isso significa que, em média, a cidade está 540 metros acima do nível do mar. O ponto mais alto está a 615 metros. Já o mais baixo está a 490 metros. Os altos e baixos são constantes. É por isso que o relevo do município é marcado por colinas, ou ondulações, que perfazem 64,71% do território.

Bairros como Jardim Aeroporto, Parque Vista Alegre e Altos da Bela Vista são alguns dos pontos mais altos. Já as margens do rio Bauru são exemplo de trechos baixos do relevo local.

“Para o usuário do espaço que anda de bicicleta ou a pé essas ondulações são importantes devido ao esforço físico. É perceptível e a cidade inteira mostra isso. Encontramos aclives ao subir a rua Saint Martin, ao ir para o bairro Bela Vista ou para o Parque Vista Alegre”, observa a geógrafa Linia Maria Bilac Garrone, professora da Universidade do Sagrado Coração (USC).

“Ao descer a rua Floresta, no Parque Vista Alegre, há uma declividade. Percebemos em diversos locais da cidade que há realmente diferenças altimétricas dentro da territorialidade de Bauru. Esse ‘mar de colinas’ também é perceptível através do olhar. Em pontos altos, é possível ver bairros distantes”, acrescenta a geógrafa, referindo-se às paisagens que o relevo propicia.

As elevações prevalescem, mas também há partes planas. Em Bauru, geralmente, elas estão localizadas em pontos de altimetria baixa, como às margens de rios e córregos, por exemplo - os chamados fundos de vales.

“Os pontos planos são os que não são íngremes, o que não é pontudo, o que não é ondulado. Regiões que se mantêm num alinhamento em relação ao nível do mar. O nível do mar é a referência para trabalhar as altitudes do globo terrestre, ou seja, as terras emersas”, explica Linia.

Entretanto, ela diz que as regiões planas podem estar tanto em áreas de altimetria baixa quanto alta. “Basta ter topografia chata e paralela ao nível do mar. O plano não é necessariamente algo que está embaixo. O plano é algo que não é ondulado”, reforça.

Apesar dos altos e baixos, a professora considera que o relevo de Bauru é suave. Não há elevações que destoam fortemente no conjunto do relevo, como altas montanhas. “Se nós sobrevoássemos a região, perceberíamos essa suavidade. Existe uma uniformidade dentro desse ‘mar de colinas’”, afirma.

Em relação às demais cidades do Estado de São Paulo, a altimetria de Bauru é considerada mediana. Não se trata de uma cidade alta e, portanto, seu relevo não influencia exageradamente no clima.

A média altimétrica de Botucatu, por exemplo, é maior que a de Bauru - de cerca de 900 metros. “Indo a Botucatu, estamos em ascensão. Aumentam as cotas de relevo. Já quando você vem de carro de Botucatu para Bauru, percebe uma declividade. Bauru está numa altitude menor em relação a Botucatu”, explica a geógrafa.

Já no caminho para Pederneiras, a média altimétrica é mantida. “Indo para Pederneiras, a gente sobe e desce numa dança suave. Não há pontos extremamente altos. Nada tão íngreme. nada acentuado”, destaca a professora.

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