Politicando

Em Pindamonhangaba


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“Vou contar uma história de quando era candidato à Prefeitura de Pindamonhangaba. Em 1976, portanto, há 28 anos - não era nem careca naquele tempo (risos). Durante minha campanha, uma das primeiras indústrias da cidade era uma fábrica de papel, chamada Curucutuba. Naquela época, era a maior fábrica da cidade. Os trabalhadores moravam na Fazenda Curucutuba. Tinha uma fila de casas lá. Era que nem uma cidadezinha. Tinha cinema, baile... Nós íamos em bailes em Curucutuba. Todo candidato a prefeito tinha que fazer campanha em Curucutuba porque ela era importante na eleição. Ficava a 15 quilômetros de Pindamonhangaba. E eu, candidato a prefeito, fui a Curucutuba. Casa por casa. Uma por uma.

Aí, cheguei numa casa, me apresentei, a senhora mandou eu entrar. E eu tentando explicar para ela meu programa de governo, que consistia em educação, saúde, mortalidade infantil, saneamento... E aquela criançada, aquela confusão. Ela dava atenção para mim, para as crianças, para o cachorro, gato, papagaio. Aquele rolo todo. Fiquei uma meia hora lá, suando a camisa, tentando convencê-la, com meus argumentos, da minha plataforma de governo como candidato a prefeito de Pindamonhangaba. Até que depois de meia hora, ela virou e falou: ‘Olha doutor, o senhor me convenceu. Eu vou votar no senhor’. Aí, eu já estava saindo, quando ela virou e falou: ‘Olha, só falta o dinheiro do ônibus. Aí, eu falei, mas como o dinheiro do ônibus? A escola é aqui em frente. É só andar dois quarteirões. Então, ela disse: ‘Não, não. É que eu voto em Itajubá, em Minas Gerais.’”

A história acima foi contada pelo governador Geraldo Alckmin durante sua visita à redação do JC, ontem. O depoimento inaugura hoje a coluna “Politicando”. Todos os dias será publicada uma história curiosa envolvendo os políticos de Bauru e região

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