O Departamento de Estrada de Rodagens (DER), através de seu diretor regional, Raul Cardoso, diz que a polêmica criada em torno dos radares instalados nas barragens de Ibitinga e Bariri é quanto à velocidade, considerada muito baixa pelos motoristas. “São Paulo está fazendo uma reavaliação dessa velocidade. Se os técnicos chegarem à conclusão que é a melhor, ela permanecerá em 40 Km/h. Se o reestudo avaliar que deve aumentar, ela será modificada.”
Cardoso ressalta que os radares instalados nas barragens foi uma solicitação da concessionária da hidrelétrica. “Foi a AES (empresa que cuida das barragens) que solicitou depois da ocorrência de dois acidentes na barragem de Bariri, provocados pelo excesso de velocidade.”
Na solicitação, a AES, segundo o diretor, alegou que acidentes sobre as barragens poderiam comprometer o equipamento da empresa e seus funcionários que, constantemente, trabalham na manutenção.
Ele explica que a velocidade era restrita a 60 Km/h. “O radar foi calibrado para 40 Km/h mais uma margem de erro de 7%. A barragem não é uma ponte, é uma estrutura maciça e a área é de segurança nacional. É preventivo”, avisa.
A preocupação do DER, de acordo com o diretor, é com a vida dos usuários da rodovia. “Nós nos preocupamos com o excesso de velocidade porque ele pode gerar acidentes graves. A multa não é nada se compararmos com saúde e as vidas”.
O excessos existem, diz Cardoso. “Geralmente com veículos de carga, pesados e que geram mortes e feridos graves. Os dois acidentes ocorridos na barragem de Bariri foram com veículos de carga.”
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Aparelho ‘grita’ para alertar condutor sobre a velocidade
Alguns carros mais sofisticados com um alarme específico contém um dispositivo que "bipa" o motorista toda vez que ele ultrapassa a velocidade programada. O DER tem conhecimento do aparelho e diz que é legal. “O ilegal é o aparelho que avisa que tem radar em operação”, avisa os diretores.
Em Bauru é possível encontrar o alarme que tem o bip acoplado. Em uma loja consultada, ele custa cerca de R$ 270,00 instalado e serve como alarme contra roubos e furtos e como bip contra o excesso de velocidade.”
De acordo com um funcionário da loja, Sérgio Dias Leite, o aparelho funciona a partir de uma programação. “O condutor tem que imprimir a velocidade desejada, por exemplo, na Rondon, 110 km/h. Quando o ponteiro atingir essa velocidade, ele programa o sensor. A partir daí, toda vez que o veículo atingir esse limite, ele bipa avisando o motorista para tirar o pé do acelerador.”