JC Criança

Garotada vai escolher o nome da boneca

Roberta Mathias
| Tempo de leitura: 2 min

O Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno Exclusivo (Gaame) agora tem a sua própria boneca de pano para incentivar a amamentação. Há mais de 15 anos, grupos de apoio brasileiros usam as bonecas de pano que “ficam” grávidas e têm seios para orientar gestantes no processo de amamentação. Elas são excelentes companheiras para a mamãe de primeira viagem aprender a alimentar seu bebê de forma saudável e carinhosa. Pois o bebê, ao ser alimentado no peito, sente a afetividade da mãe, além de receber tudo o que precisa para crescer forte.

Depois de seis meses de aleitamento exclusivo, as mães são orientadas a amamentar seu filho até os 2 anos, mas nesse período, recebendo alimentação complementar. A nutricionista Maria Nereida Panichi, coordenadora do Banco de Leite Humano da Secretaria Municipal de Saúde, que também faz parte do Gaame, explica que as crianças precisam saber das vantagens do aleitamento materno. “Normalmente a criança não vê as mães amamentando, antigamente isso era mais comum. E agora, com a mulher trabalhando fora, isso fica ainda mais difícil. Por isso, achamos importante que a boneca de pano também esteja nas mãos das crianças, assim elas vão ter contato com o assunto.”

Caroline Silva Gabas, 4 anos, visitou o Banco de Leite e viu a boneca. Apesar de não ser seu brinquedo preferido, já pensou em um nome para ela: “Juliana”. Ela contou que é importante mamar no peito. “Eu sei que é bom, porque eu mamei no peitinho quando era bebê, mas agora não sou mais, né?”

Os filhos das pessoas que freqüentam o Gaame já conhecem a boneca, que em Bauru foi fabricada artesanalmente pela voluntária Joaquina Vieira Machado Bilce, e já foi aprovada pela turma. Laila Mucheroni Gonçalves tem 4 anos e adora brincar com sua boneca de pano. Ela pretende colaborar com a campanha para escolher o nome da boneca (veja cupom ao lado) e sugere o nome Lívia. “Quando ela chora, eu dou a tetinha para ela. Não pode dar chupeta, tem que dar carinho.” Ela brinca também com os primos Matheus Panichi Campos, 9 anos, João Pedro Mucheroni Covolan, 8 anos, e Luís André Mucheroni Covolan, 5 anos. Os meninos são os médicos que auxiliam na hora do nascimento do bebê. “Os pais também ajudam a cuidar dos bebês. Eles têm que participar”, explicam. O Matheus lembra orgulhoso que mamou no peito até os 3 anos. “A gente fica com a saúde mais forte.” Sua irmã, Letícia Panichi Campos, 12 anos, comenta que desde a infância sua mãe Nereida já incentivava a amamentação. “Ela sumia com todas as chupetas e mamadeiras das minhas bonecas.” Com isso, ela aprendeu muito sobre o assunto. “A gente brinca e aprende. O bebê precisa mamar nas duas mamas e o leite materno é muito importante para a saúde do filho, afinal, somos todos mamíferos, né?”

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