Saúde

Vermífugo deve ser adotado quando houver necessidade


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Preocupação antiga, o combate aos vermes carrega uma tradição. Há quem diga que os vermífugos devem ser tomados somente nos meses que não têm a letra “r”, como maio, junho, julho e agosto. A infectologista Maristela Pastori de Oliveira, no entanto, ressalta que os medicamentos devem ser tomados apenas quando houver necessidade, independentemente do período do ano.

“Não sei de onde veio isso. Talvez porque no verão seja mais fácil (contrair vermes). As pessoas andam mais descalças e comem mais verduras (e no meio do ano os sintomas aparecem)”, comenta Marislela. O uso desnecessário do vermífugo deve ser evitado, pois o remédio também pode provocar efeitos colaterais, reitera o infectologista Marcelo Pesce Gomes da Costa.

Nas farmácias, eles podem ser encontrados por preços que variam entre R$ 2,00 e R$ 7,00. Mas o ideal é apostar na prevenção. Os especialistas são unânimes nas recomendações, que inclui a prática de andar sempre com os pés calçados. “Alguns vermes tem ciclo na terra”, explica Costa. Por essa razão, as crianças devem evitar lugares poluídos ou com lixo.

No geral, crianças e adultos também devem manter as mãos limpas, além de lavá-las antes e principalmente depois de usar o banheiro. O cuidado com as refeições é fundamental, alerta Maristela. De acordo com ela, as verduras devem ser bem lavadas, com água tratada e filtrada.

Em grande quantidade, os parasitas podem prejudicar o desenvolvimento das crianças, especialmente as que vivem em condições insatisfatórias.

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Dez metros

Comer carne de porco bem passada não é a única orientação médica para evitar a neurocisticercose, doença capaz de provocar conseqüências sérias como cegueira e convulsões. Apenas o convívio com o suíno em condições precárias já basta para ter contato com o problema, provocado pela solitária.

O parasita, que pode chegar a 10 metros de cumprimento, tem corpo formado por segmentos denominados proglótides. Os segmentos finais só contêm ovos, que se transformam em larvas e atravessam a parede do intestino do animal hospedeiro, se alojando na musculatura. Por isso, se a carne de porco ou de boi não for adequadamente cozida, a larva não morrerá e acabará se fixando no intestino da pessoa que a comeu e o ciclo continuará.

A contaminação humana com os ovos da tênia se dá de duas maneiras. A primeira delas é quando o portador leva à boca as mãos contaminadas pelas próprias fezes, por exemplo. A outra é por meio do consumo de alimentos e água infectados. Se ovos chegarem ao sistema nervoso, provocam problemas neurológicos. Em Ribeirão Preto, eles atingem 7,5% dos pacientes admitidos na enfermaria de neurologia, informa site da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

Da Redação

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