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Parada Gay reúne 8 mil em Ribeirão

Folhapress
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Ribeirão Preto - De mãos dadas, aos beijos e com bandeiras do arco-íris, símbolo da diversidade sexual, cerca de 8 mil pessoas foram ontem à tarde da 2.ª Parada Gay de Ribeirão Preto, segundo a Polícia Militar (PM). Sem patrocínio da prefeitura, ao contrário do ocorrido no ano passado, a passeata reuniu metade do público de 2005 e também ficou abaixo da expectativa da organização, que era de chegar a 20 mil pessoas.

Na visão dos organizadores, a festa deste ano, no entanto, concentrou mais o público gay que os chamados simpatizantes, como ocorreu em 2005. “No ano passado, tinha mais heteros, muita gente curiosa. Dessa vez, a maioria era gay e isso é muito positivo, dá visibilidade’’, disse a presidente da ONG Rosa Vermelha, Joana D’Arc Costa, organizadora do evento. A parada não contou com a presença do prefeito Welson Gasparini (PSDB).

O público concentrou-se na praça Sete de Setembro a partir das 13h. Antes da passeata começar, as pessoas dançavam com música eletrônica de dois trios, drag queens e gogo boys, trazidos pela produção de festas e boates GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros) de Ribeirão Preto e Jaboticabal.

Os participantes receberam bandeiras do arco-íris e camisinhas, além de panfletos que divulgavam a ONG Rosa Vermelha, de apoio a homossexuais, o grupo Vide Verso, que atende casais gays e pais de homossexuais, e até informações sobre outra parada, planejada para 30 de julho na esplanada do Pedro 2.º.

Os chamados simpatizantes -famílias com crianças, senhoras e casais heterossexuais- observavam as fantasias de drag queen e até pediam para tirar fotos juntos. A secretária Duda Balieiro, 32 anos, pediu ao empresário Pedro Roberto, 43 anos, vestido de urso e acompanhado do namorado, para ser fotografado com a filha e a amiga, de oito anos. “Não vejo problema. Acho que elas têm que saber que eles existem”, disse.

As drags encheram a festa de colorido, vestidas de borboleta, espanhola, usando plumas, apliques de cabelo e muita maquiagem. As grandes asas de borboleta da drag Sandyra, 20 anos, abriam espaço entre a multidão. “Acho que melhorou demais o respeito e admiração das pessoas pelas drags.” Após duas horas, a passeata saiu rumo à avenida Independência.

No caminho, as pessoas no entorno reagiam em um misto de acenos, sorrisos e negativas com a cabeça. Um grupo de 20 mórmons (seita religiosa) olhava a festa -não quiseram comentar a parada, que acabou na Presidente Vargas.

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