São Paulo - A Polícia Federal (PF) já identificou a origem de parte do R$ 1,75 milhão apreendido com Valdebran Padilha e Gedimar Passos em um hotel na Capital paulista e que seria usado para a compra de um dossiê contra políticos tucanos. Segundo fontes da polícia, a parcela em reais desse montante foi sacada dos bancos Bradesco, Bankboston e Safra. Ainda não está definida a origem dos dólares também encontrados no hotel.
Na última sexta-feira, Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos foram presos, em São Paulo, sob suspeita de intermediar a compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento dos tucanos José Serra, candidato ao governo paulista, e Geraldo Alckmin, candidato à Presidência, com a máfia dos sanguessugas. Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão.
Gedimar afirmou à PF que foi “contratado pela Executiva Nacional do PT” para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando Serra de envolvimento na máfia. Para a PF, Gedimar disse ainda que seu contato no PT era alguém chamado “Froud ou Freud”. Anteontem, Freud Godoy pediu afastamento do cargo de assessor especial da Secretaria Particular da Presidência.