Regional

Travestis incomodam moradores e comerciantes do Centro de Marília

Davi Venturino
| Tempo de leitura: 3 min

Marília - Moradores e comerciantes de Marília (100 quilômetros de Bauru) reclamam do comportamento de travestis e prostitutas que atuam em algumas ruas do Centro da cidade. O problema, segundo o Conselho de Segurança - Centro (Conseg), seria o barulho e a falta de higiene, pois as calçadas estariam sendo utilizadas para fazer as necessidades fisiológicas.

Os locais mais problemáticos, segundo o sargento PM Maurício Roberto, membro do Conseg-Centro, seriam os cruzamentos da rua Paes Leme com as ruas XV de Novembro e São Luís.

As esquinas dessas ruas, geralmente, são utilizados pelos travestis e prostitutas como ponto de trabalho pois os locais são procurados pelos clientes após as 22h.

“São em vários pontos da cidade, mas ali, atualmente, tem uma maior incidência. Eles normalmente fazem as próprias necessidades justamente naquelas duas esquinas”, conta o sargento Roberto, lembrando que o local é mais freqüentado por travestis do que por prostitutas.

De acordo com o sargento, as reclamações ocorrem, principalmente, devido a dois fatores. Primeiro, o fato de alguns deles utilizarem as vias públicas para urinar ou até mesmo defecar enquanto aguardam os clientes. O segundo fator, segundo Roberto, seria o barulho provocado pelos travestis que costumam se comunicar entre eles em tom elevado de voz e utilizando palavras de baixo calão.

“Quando não conseguem clientes, eles ficam por ali fazendo suas necessidades. Urina tem todos os dias. As fezes aparecem numa freqüência pouco menor até por conta da atuação dos moradores ali de perto e da própria ação da PM que, por conta dos pedidos dos moradores, tem intensificado o policiamento”, diz Roberto.

Apesar da maioria dos prédios instalados no local ser comercial, também existe alguns prédios residenciais. No caso dos comerciantes, as reclamações surgem porque no dia seguinte, de manhã, são obrigados a limparem as calçadas em frente ao seu comércio para eliminar o mau cheiro provocado pelos dejetos.

Os moradores, por sua vez, reclamam porque não conseguem dormir devido ao barulho no período noturno.

“Um grupo (de travestis) fica em uma esquina e outro grupo fica na outra esquina. Dessa forma, eles se comunicam por esta distância. Quem fica no meio (os moradores), fica ouvindo as conversas, às vezes, palavrões”, explica o sargento.

Segundo Roberto, o problema não é novo e ocorre há mais de 20 anos. Ele explica que o Conseg aconselha os comerciantes a melhorarem a iluminação das faixadas do prédio para tentar amenizar o problema. Ele cita o exemplo ocorrido no cruzamento das ruas São Luís com a Presidente de Moraes.

“Em algumas esquinas do centro comercial, eliminou a presença dessas pessoas depois que a iluminação melhorou. Na esquina da São Luís com a Prudente de Moraes, existem duas grandes lojas de rede onde ocorria o problema em suas calçadas. Depois que melhoraram a iluminação a pedido do Conseg, e foi feita uma intensificação do policiamento, diminuiu sensivelmente (o problema). Tanto é que não tem tido mais reclamações naquela esquina”, relata.

Além das reclamações já citadas, os moradores também não estariam gostando dos trajes “inadequados” utilizados por alguns travestis. A recomendação do sargento é que os moradores não deixem de acionar a polícia quando observarem atos de desrespeito às leis.

“Se estiver urinando, por exemplo, é ato obsceno, é crime e motivo de condução até o distrito para fazer um termo circunstanciado. O mesmo vale para o barulho porque é perturbação do sucesso”, conclui.

Comentários

Comentários