Pesca & Lazer

Represa de Avaré reúne amantes da pesca

Eliane Barbosa
| Tempo de leitura: 2 min

Tilápia, traíra, pacu, tucunarés e piranha. Algumas espécies de peixes comuns nas represas do Paranapanema. Na plataforma – também chamada de tablado - junto à ponte que atravessa a Represa de Jurumirim, em Avaré, o que não falta, nem mesmo numa segunda-feira nublada, são amantes do esporte. Muitos da região. Alguns de longe.

Caso de Maria das Graças Reis Almeida, de 58 anos, que tem casa em Avaré, no Condomínio Costa Azul, onde chega a ficar mais de um mês. A vida pacata do Interior e o contato com as águas da represa foram eficazes para curá-la de uma depressão. “Meu médico perguntou o que eu mais gostava e me aconselhou a exercitar em temporadas de paz”, conta.

Com a vara e a linha a postos, Maria, devidamente paramentada com chapéu e protetor solar, só lamenta a escassez de peixe junto à prainha e ao camping de Avaré. “O prefeito atual precisa alimentar os peixinhos para que eles retornem a esse trecho”, cobra.

Segundo ela e outros casais de pescadores estrategicamente acomodados junto às margens da rodovia Avaré-Itaí-Piraju, nessas águas é prática comum a pesca de mandis, piranhas e lambaris. “É possível também a captura de tucunarés, dependendo da sorte”, conta.

Maria, Joaquim e Rosalva costumam ficar de três a quatro horas a postos. Um prazer que somente os amantes do esporte podem detalhar, esquecendo dos problemas e do trânsito incessante entre cidades.

O rio

Publicações da Duke Energy, como a excelente obra “Rio Paranapanema”, dão conta que o rio Paranapanema sempre teve menos peixes do que o Paraná e o Tietê, por conta do grande número de quedas d’água.

A menor piscosidade é resultante também da temperatura das águas, mais frias do que de outros rios. Os grandes peixes, como o jaú, o dourado e o pintado, preferem “migrar” em direção ao Pantanal Matogrossense. Mesmo assim sobram outras espécies, menores, mas cuja pesca também é gratificante, fazendo com que a atividade continue sendo incessante no trecho.

Além disso, o Paranapanema não sofreu, como o Paraná e o Tietê, a devastação recente causada pela pesca em escala industrial, preservando “ancoradouros” para amantes do esporte de linhas, varas, redes e anzóis.

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Rio Paranapanema

Rio da minha terra natal

Tão bonito....

Azul infinito!

Tua cor é a cor do teu céu,

Se é tarde, o sol tinge de ouro tuas águas

Se é noite, o luar te envolve em prata

Meu grande rio

Meu pequeno mar

Rio Paranapanema!

Vejo-te na manhã tranqüila

Da minha vida e me emociono

Tuas águas

São uma prece cantante que avança

Na terra dos homens (...)

Teu presente,

São praias

São bascos movidos

É mocidade

Em desfile colorido

São usinas transformando em quilowatts

A força das tuas águas

Manancial inesgotável

De equilíbrio e riqueza

De harmonia e beleza!

Avança Paranapanema

Rumo da vida

Presença de Deus!

Noemia Pires de Paula em “Paranapanema: Meus Caminhos”

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