Prestes a completar 50 anos de vida e 25 de sacerdócio, o padre Luiz Eduardo Monteiro Fontana assumiu nesta semana a administração da Diocese de Bauru e, por conseqüência, as funções administrativas de bispo. Padre da Paróquia Santa Catarina de Alexandria, de Arealva, e vigário judicial, que tem a atribuição de cuidar de processos como anulação de casamentos, ele disse contar com a ajuda dos padres que integram o Colégio de Consultores para administrar a Diocese de Bauru.

Padre Fontana foi eleito administrador paroquial para o período de sé vacante, em que a Diocese está sem bispo. O então bispo de Bauru, dom Luiz Antônio Guedes, foi transferido para Campo Limpo, na Capital, e o Vaticano ainda não nomeou o seu substituto.

Segundo o padre Fontana, as dificuldades da nova função serão enfrentadas da mesma forma que as do dia-a-dia da sua paróquia. “Todos nós, padres, somos administradores. Problemas nós vamos ter, mas tenho certeza que todos os padres têm um objetivo que não é o problema, é a solução dele, é a evangelização”, disse.

O novo administrador vai atender na Diocese de terça-feira e quinta-feira, conforme já faz normalmente por conta da função de vigário judicial. Padre Fontana foi escolhido pelo Colégio de Consultores do bispo, formado por cinco padres.

Para ser eleito administrador paroquial, é preciso fazer parte desse colégio, ter no mínimo 35 anos e a maioria dos votos dados pelos demais sacerdotes de forma secreta. Esse mesmo grupo de padres auxiliará na administração da Diocese, no chamado governo colegiado, informa a assessoria de comunicação da Diocese.

Durante o período de sé vacante, quando a Diocese fica sem bispo, as atividades, trabalhos e calendário da Igreja de Bauru seguem normalmente. O padre Fontana terá as mesmas obrigações do bispo, mas com algumas restrições. Não pode, por exemplo, ordenar padres. Ontem, no entanto, já participou de reunião em Marília onde representou a Diocese de Bauru.