Cultura

‘Jogos Mortais V’ desvenda mistérios

Por Da Redação | Com Folhapress e Reuters
| Tempo de leitura: 3 min

Com um estrondoso sucesso de público, a franquia de terror “Jogos Mortais” chega ao seu quinto filme neste Dia das Bruxas, com um fôlego que surpreende até aos mais críticos. Voltado para o público adolescente, a série já faturou mais de US$ 550 milhões de bilheteria em todo o mundo, apesar de seu roteiro se basear única e exclusivamente nas mais brutais cenas de morte.

Para entender o enredo de “Jogos Mortais V”, é preciso voltar para o início da franquia. A saber, Jigsaw (Tobin Bell, de “Mississipi em Chamas”) não é um assassino como outro qualquer. O personagem é uma espécie de voyeur, que tem prazer em assistir ao sofrimento de suas vítimas, mas sem realmente matá-las.

Ele prefere tramar lúdicas e sangrentas armadilhas que, em geral, fazem aqueles que devem superá-las - com poucas opções de saída - se matarem das piores formas. Esse é o argumento de todos os cinco “Jogos Mortais”.

No entanto, o personagem morre já no terceiro filme, deixando para o quarto a explicação sobre os motivos de submeter suas vítimas passarem a todos esses tormentos. Em estágio de câncer terminal, Jigsaw escolhia pessoas que não tinham amor pela própria vida, e, apenas com uma experiência de morte quase certa, poderiam entender seu significado e beleza.

Na trama, o agente Strahm (Scott Patterson), um novo especialista em traçar perfis psicológicos de criminosos, chega para ajudar o detetive Hoffman (Costas Mandylor), que foi introduzido no terceiro filme como oficial de polícia e se tornou prisioneiro no quarto. Juntos, eles têm a missão de unir os quebra-cabeças deixados por Jigsaw em sua sinistra seqüência de jogos.

A última vítima envolvida nesse jogo mortal, no quarto filme, tinha uma ligação familiar com Hoffman, já que namorava a irmã do detetive e a assassinou brutalmente em uma briga domiciliar. Foi condenado a 15 anos de prisão, mas conseguiu uma redução da pena para cinco e, logo que foi solto, acordou preso em uma cama com apenas duas dolorosas opções. Sua morte é o ponto de partida do quinto filme.

Tudo começa quando os policiais voltam à casa dos jogos e o agente Strahm acaba caindo em uma das armadilhas, mas consegue escapar. Enquanto isso, outras cinco pessoas com passados que de alguma forma se relacionam estão confinadas na casa do terror, dando início a mais um jogo mortal. Ao longo do filme, o agente Strahm descobre que há alguém levando adiante o jogo mortal que Jigsaw chamava de justiça.

O agente faz ligações entre os crimes e desvenda curiosidades e mistérios dos longas anteriores. Ou seja, quem não sabe nada sobre a história pode ficar meio perdido.

Em 2004, quando o primeiro “Jogos Mortais” foi lançado durante o Festival de Sundance, James Wan e Leigh Whannell, diretor e roteirista originais, diziam procurar novidades. Cansados de filmes “splatter” (termo usado para designar filmes que respingam sangue), como “Pânico” (1996) e “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado” (1997), investiram numa idéia que consideravam “mais psicológica”.

O resultado é uma série extremamente violenta, que deu origem a uma nova geração de filmes de terror. O que importa nessas produções, - como “O Albergue” (2006) e “Turistas” (2006), para dar dois exemplos -, não é o suspense, mas os requintes de crueldade do assassinato.

Quem tem estômago (e vontade) para ver uma jovem ser atirada em uma piscina de agulhas e “nadar” em busca de uma chave ou cortar o próprio pé com um serrote cego, não vai se arrepender com a série. Quem é contra isso, apenas se surpreende com os impressionantes US$ 550 milhões arrecadados pelas produções.

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