O Rio de Janeiro é realmente mágico. Na cidade e no Estado, as opções de passeio vão se sucedendo. Afinal, a Cidade Maravilhosa tem 83 quilômetros de praias, cachoeiras, lagoas e uma infra-estrutura invejável.
O Cristo Redentor, recém-eleito uma das sete novas maravilhas do mundo, atrai em todas as estações milhares de turistas, mas esse cartão-postal é apenas um dos que merecem uma visita.
Vista imperdível a partir do Arpoador são as praias de Ipanema e do Leblon, com o Morro Dois Irmãos ao fundo, de um lado, e Copacabana de outro. Quem quiser ver as praias da zona sul do Rio lá do alto com mais emoção tem como encarar numa boa um vôo livre.
O salto de asa-delta parte da Pedra da Gávea. O pouso é na Praia do Pepino, em São Conrado. E por falar em praias, Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca merecem uma visita, seja de dia, no pôr-do-sol ou à noite.
A primeira foi eternizada pela bossa nova. É repleta de bares e diputadíssima para o chope do fim de tarde ou a água de coco geladinha com o sol a pino. Ipanema tem quadras de futevôlei, equipamentos de ginástica e chuveiros. A Lagoa Rodrigo de Freitas é uma excelente alternativa para assistir de camarote ao pôr-do-sol carioca.
Não podem ficar de fora do roteiro os Arcos da Lapa. Antigo aqueduto da Carioca, serve de viaduto para o pitoresco Bondinho de Santa Teresa. No Centro, vale dar uma passada na Confeitaria Colombo, fundada em 1894.
O serviço de chá funciona de segunda a sexta-feira, das 17h às 19h. Outras opções de passeio podem ser conferidas no site www.turisrio.rj.gov.br.
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Longe do convencional
Longe da praia de Copacabana, do Pão de Açúcar e do Corcovado (e o Cristo Redentor), tradicionais cartões-postais da cidade, existe um outro Rio. Com parques, cachoeiras, monumentos históricos, barras ainda desconhecidas de muita gente. Incluindo as concentradas na zona oeste da cidade, que têm belezas naturais pouco exploradas e que guarda, também, parte da história dos 200 anos da chegada da família real ao Brasil.
Parceria da iniciativa privada e do Conselho das Instituições de Ensino Superior da Zona Oeste estão possibilitando aos moradores do Rio e aos visitantes uma esticada até esses novos roteiros. São passeios ecológicos que passam por trilhas e praias praticamente desconhecidas. E culturais, incluindo visitação a museus, igrejas e monumentos antigos.
O projeto já havia sido implementado pela Riotur na década de 90, mas por conta de dificuldades de operacionalização, ficou parado, sendo agora reativado.
O bairro de Santa Cruz recebe tratamento especiais dos guias, por ter abrigado a casa de veraneio da família imperial. Naquela época, a distância entre o Centro do Rio à zona oeste era grande, com dificuldade para se chegar ao destino.
Eram grandes comitivas que transitavam em carruagens. D. João VI levava sempre junto seu filho mais velho. D. Pedro I, que adorava a viagem. Atualmente, a antiga residência imperial, construída em 1751, abriga o Batalhão-escola de Engenharia do Exército, que é aberto à visitação.
Mas a zona oeste guarda outras surpresas, como cachoeiras, o vulcão do Lamego, localizado no Maciço da Pedra Branca, em Jacarepaguá, e parques preservados, como o Parque Natural Municipal da Serra do mendanha, em Campo Grande.
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Jardim Botânico
O Jardim Botânico do Rio está completando 200 anos com toda pompa e beleza. Um dos lugares mais aprazíveis da Cidade Maravilhosa, o parque está ainda mais atrativo, por conta da finalização do maior plano de revitalização de sua história.
O projeto incluiu a criação de um novo museu botânico, instalado num casarão onde funcionava a antiga administração, com novos exemplares da flora brasileira, aquários, trilhas, lugares para observação da flora.
O parque também faz parte da trajetória da família real na cidade, já que foi construído por ordem de dom João VI, que mandou vir da Europa as belas e centenárias palmeiras imperiais que enfeitam sua entrada.
São muitas as histórias nesses 200 anos. A da fundação tem como protagonista o marido de Carlota Joaquina, que procurava um lugar para aclimatar espécies da flora européia. Escolheu a área rural, que depois viraria bairro e levaria o nome de Jardim Botânico.
No terreno, o então rei de Portugal implantou uma fábrica de pólvora. O prédio original, desativado em 1831, hoje abriga um museu que também é um sítio arqueológico, com exposição de objetos encontrados em escavações.