Garça - A cidade de Garça (70 quilômetros de Bauru) realiza de 11 a 14 deste mês a tradicional Festa da Cerejeira. Em sua 23ª edição, a festa tem uma motivação especial, a preservação ambiental e a sustentabilidade com o lançamento do projeto “Um Mundo Sustentável”. Os organizadores do principal evento cultural do município esperam receber 150 mil pessoas no lago artificial J.K. Williams.
Para colocar em prática a preservação ambiental, cada visitante da festa está sendo convidado a usar uma caneca, evitando o uso incontrolável de corpos descartáveis, que tem um custo altíssimo para a reciclagem e muitas vezes são descartados de forma incorreta poluindo o meio ambiente. No evento estarão sendo comercializadas canecas personalizadas.
As atrações vão desde manifestações culturais japonesas até a música popular com o incremento de workshops e exposições. Os workshops terão atividades envolvendo habilidade manual e artesanato.
O tema escolhido para a festa versão 2009 será o tradicional Maneki-Neko, mais conhecido como gatinho japonês, um dos mais famosos símbolos da sorte na cultura japonesa.
Considerado o maior evento do interior paulista voltado à cultura oriental, a festa das Cerejeiras está no calendário turístico estadual de eventos desde 1992 e tem como objetivo resgatar a cultura e tradição japonesa.
A Festa da Cerejeira é um evento temático reconhecido em todo o país e ocorre na época da florada da árvore símbolo do Japão. Em Garça há mais de 500 árvores dessa espécie. Outra novidade da festa deste ano será o Teatro Kagura com a apresentação da peça “Yamata-no-Oroti”. “Kagura” significa Santuário de Deus. Conforme mostra a história do Japão, desde os tempos mais remotos, o povo orava diante de um santuário e participava de festividades com música e dança. O teatro Kagura surgiu misturando a crença popular com a religião originária do Japão, o Xintoísmo. No século XI, Kagura passou a ser um ritual religioso apresentado no palácio do Imperador. Mais tarde o ritual passou a ser realizado em vários locais, recebendo influência de costumes locais, e com isso surgiram novas versões do Kagura. Há mais ou menos 800 anos, o Teatro Kagura chegou à província de Hiroshima, por meio da vizinha Shimane, sendo até hoje bastante popular nestas regiões
As máscaras dos personagens, as cabeças e os corpos das serpentes foram confeccionados em “washi”, papel japonês, produzido com fibra vegetal, um material leve e resistente, muito valioso nos dias de hoje. O grande destaque do Kagura de Hiroshima é a ornamentação de suas roupas, alegres e coloridas, entremeados de fios dourados e prateados.
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Orquestra faz encerramento
Outra atração que também marca a programação da Festa das Cerejeira neste ano será a Orquestra Santa Cecília que se apresentará no domingo à noite às 21h no fechamento do evento.
A corporação musical hoje é regida pelo maestro Marcos Roberto Brabo. Ela existe em Garça há 50 anos, dos quais por 40 anos esteve à sua frente o maestro Geraldo Omédio Moysés. Com a morte do maestro, em agosto de 2004, a Corporação ficou desestabilizada. Estando em funcionamento a Escola Municipal de Cultura Artística “Amélio Nana Zancopé” desde agosto de 2003, a Corporação foi transferida para a escola.
Com a contratação do atual maestro, professor Marcos Roberto Brabo, músico, regente e arranjador, a corporação passou por algumas modificações. Entre elas a sua denominação: Orquestra “Santa Cecília”. Hoje, conta com 21 integrantes, dos quais 9 são professores da escola e os outros são alunos estagiários, dos quais 11 eram integrantes da antiga formação. Tanto os professores, quanto os estagiários são remunerados com recursos públicos repassados pela Prefeitura de Garça, do Movimento Pró-Cultura, responsável pela seleção, ingresso, capacitação, direção e manutenção da Orquestra “Santa Cecília”.
