Se a moda pegar, as tradicionais caminhadas dos cães com coleira e guia até a esquina, com direito àquela paradinha “estratégica” num poste ou tronco de árvore, tendem a ser coisa do passado. Cada dia mais humanizados, com mimos que emulam, em quase tudo, o dia-a-dia dos donos, os bichinhos de estimação, especificamente cães e gatos, agora têm à disposição um novo tipo de serviço.
Apesar de usual em clínicas veterinárias, que já dispõem de busca e entrega motorizada de animais domésticos para tratamentos de saúde e estética, agora cães e gatos também podem ser transportados para qualquer lugar, independentemente, do motivo da viagem.
Em funcionamento na cidade há dois meses, o serviço de “táxi dog”, como é chamado pelos donos de uma loja de rações que se especializa no ramo, é uma alternativa para quem precisam transportar bichinhos sem, necessariamente, passar por atendimento veterinário.
A idéia, comenta a gerente Eliane Pradela Correia, surgiu após a desvinculação de uma clínica veterinária do estabelecimento comercial. Apesar disso, recorda, eles continuaram recebendo solicitações de clientes que precisavam levar seus bichinhos à clínica, que funciona ao lado do estabelecimento.
Assim começaram as viagens com animais para outras clínicas, laboratórios e para banhos e tosas. A partir daí, lembra Eliane, o ‘taxímetro animal’ começou a rodar na Fiorino da loja, prestes a receber caracterização especial alusiva ao “táxi dog”. “Nossa intenção é fazer todo o tipo de transporte com animais. Queremos expandir o negócio”, antecipa.
Otimista com a aceitação do novo serviço, a gerente conta que o táxi para animais já foi procurado por clientes que necessitavam de viagens fora do “eixo” residência-pet shop. “Recentemente, um rapaz mudou-se daqui para São José do Rio Preto e não tinha como levar o seu cão pastor. Fizemos a viagem e assim a idéia começou a engrenar”, relaciona.
Transportados em caixas especiais, os animais, garante a gerente, embarcam e desembarcam com conforto e segurança e são levados e trazidos em condições que condizem com seus respectivos tamanhos.
Para a veterinária Ana Tarcila, que diz conhecer e aprovar o novo serviço, um dos principais cuidados a serem tomados nessa modalidade de transporte é com eventuais fugas de bichinhos mais arredios, que, além do risco de perda do animal, também incorre na possibilidade de acidentes.
“Fugas são muito comuns. É importantíssimo que o cão ou gato seja colocado nas caixas específicas e, sempre que possível, dentro de casa com as portas fechadas”, recomenda. “As coleiras e guias devem ser mantidas também, no caso de cães, quando o animal está dentro da caixa, para que não haja perigo de fuga na chegada”, conta.
A calma de quem está ao volante também é fundamental. Estresse ao bichinho, aliado ao acondicionamento inadequado, salienta a veterinária, pode causar estragos para todos. “Em caso de carros fechados, é bom evitar movimentos bruscos e som alto”, aconselha. Os telefones do “Táxi Dog” são (14) 3203-5165 e 3281-5474.
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Boa Viagem
Os donos de animais de estimação que já contrataram o serviço de táxi, com custo médio estimado, na cidade, entre R$ 10,00 e R$ 25,00, aprovam. “São muito legais, trataram muito bem a minha cachorrinha”, atesta Benvinda Ferreira Martins, que solicitou o táxi para mandar a fox paulistinha Pituxa ao veterinário. “Ela tem de nove para dez anos e está com problema respiratório. Mas o transporte foi muito bom”, assegura. Seguros e levados com rapidez, resta agora solucionar apenas uma pendência dos bons e velhos passeios com coleira e guia. Onde fazer os “pit stop”?