Geral

Universidades de Bauru são bem avaliadas pelo MEC

Por Tisa Moraes | Com Folhapress
| Tempo de leitura: 4 min

No que depender das instituições de ensino superior da cidade, Bauru continuará sendo referência em qualidade na educação. As oito universidades de Bauru avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) receberam boas notas nos Índices Gerais de Cursos das Instituições (IGC), divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Numa escala que varia de 1 a 5, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi a mais bem classificada, ao receber nota 4. Empatadas, seguem-se a Instituição Toledo de Ensino (Faculdade de Serviço Social e Faculdade de Ciências Econômicas), Universidade do Sagrado Coração (USC), Universidade Nove de Julho (Uninove), Instituto de Ensino Superior de Bauru (Iesb), Faculdades Integradas de Bauru (FIB) e Universidade Paulista (Unip).

De acordo com a pesquisa, são consideradas insatisfatórias as notas 1 e 2. Para se ter uma idéia, no universo das 206 instituições públicas avaliadas em todo o País, apenas 151 obtiveram notas iguais ou superiores a 3.

Para o professor Henrique Luiz Monteiro, presidente do Grupo Administrativo do Câmpus (GAC) da Unesp, o resultado positivo só foi possível graças ao investimento da universidade em pesquisa e infra-estrutura. “Além disso, os docentes, em sua maioria, possuem título de doutor. Esse fator também fez a diferença”, pondera.

Especificamente sobre a Unesp, ele destaca que o Programa de Melhoria dos Cursos de Graduação investiu, em 2009, R$ 6 milhões somente na atualização de laboratórios didáticos dos câmpus pertencentes à instituição. “Na Faculdade de Ciências de Bauru, foram investidos mais de R$ 1 milhão nos últimos três anos para a compra de equipamentos. Para uma universidade pública, é imperativo que a qualidade da formação do aluno e do atendimento à comunidade seja de bom nível. E esse resultado demonstra que estamos desempenhando bem nosso papel”, avalia.

O IGC é um indicador de qualidade construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, engloba em um único instrumento a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado de cada instituição de ensino. Divulgado anualmente, o resultado final do IGC é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).

Para a graduação, o cálculo do IGC considera a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) da instituição, que tem. O CPC tem como base o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno, além de indicadores de corpo docente, infra-estrutura e organização didático-pedagógica. Na pós-graduação, o IGC utiliza a nota Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que avalia a qualidade da pós-graduação numa escala de 1 a 5.

O IGC de cada instituição de ensino superior do Brasil foi apresentado pela primeira vez em 2008, a partir da dos resultados do CPC 2007, compreendendo todos os cursos das instituições avaliados pelo Enade dentro do triênio de 2005 a 2007. O IGC 2008, divulgado ontem, atualiza as informações de cada instituição, no período de 2006 a 2008.

Em todo o País, 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades, institutos isolados e outras modalidades de ensino superior foram avaliados. Do total de 1.837 instituições cadastradas no MEC em 2008, 78,8% têm IGC.

As que ainda não tiveram o seu indicador calculado são instituições novas, que não possuem alunos concluintes em seus cursos ou que não tiveram participação mínima no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A nota da prova é um dos fatores que compõem o CPC, utilizado para o cálculo do IGC. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são duas das instituições que não participam da avaliação.

____________________

Só 1% das universidades obtém conceito máximo

Apenas 21 entre as 2 mil instituições de ensino superior avaliadas em 2008 pelo Ministério da Educação (MEC) obtiveram nota máxima no Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC). Entre as universidades com a maior pontuação, 11 são públicas e dez privadas.

A nota mais alta ficou com a Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape), do Rio de Janeiro, que é particular. O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que é federal, ficou com o segundo lugar, seguido pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), estadual. Em último lugar no ranking, está a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió (Fama), que é privada.

De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o IGC foi criado para subsidiar o trabalho das comissões que fazem as avaliações in loco nas instituições. Se a visita confirmar as condições inadequadas da oferta de ensino nas instituições que obtiveram IGC 1 e 2, considerados ruins, elas podem sofrer sanções que incluem o descredenciamento. Do total das instituições avaliadas, 570 ficaram com IGC 2 e 18 ficaram com IGC 1, o que representa quase 30% do universo de entidades avaliadas.

Comentários

Comentários