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Aos 83 anos, morre Osvaldo Azenha

Bruna Dias
| Tempo de leitura: 3 min

O ex-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru (SinComércio) Osvaldo Azenha faleceu, por volta das 14h de ontem, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Azenha sofria do mal de Alzheimer há 12 anos, mas com o apoio e carinho da família e amigos, a doença vinha sendo controlada. Há quatro meses seu estado de saúde se agravou e ele parou de andar.

Azenha, que morreu com 83 anos, nasceu em Bauru e formou toda a sua família na cidade. Casado com Aluba Azenha, 81 anos, tiveram quatro filhos: Marisbene, Osvaldo Júnior (médico falecido em outubro de 2008), Mariângela e Marinês. Avô exemplar, também teve 13 netos.

Como um bom bauruense nato, ele adorava participar das atividades sociais e esportivas da cidade. Além de ter sido presidente do SinComércio por mais de 20 anos, Osvaldo fez parte da diretoria do Esporte Clube Noroeste, do conselho deliberativo do Bauru Tênis Clube (BTC), foi sócio-fundador da Associação Luso Brasileira, vice-presidente do Hospital Beneficência Portuguesa de Bauru e também fez parte da diretoria do Automóvel Clube. Azenha aposentou-se como juiz vogal do Trabalho.

“Ele adorava participar de tudo na cidade. Também gostava muito de esportes”, relata a filha Mariângela Azenha.

O atual presidente do SinComércio de Bauru, Walace Sampaio, e amigo de Azenha lamenta a sua morte. “Ele era mais que um amigo. Uma pessoa fantástica. Não tenho nem palavras”, desabafa.

Uma das características de Osvaldo era o seu amor pela família. “Ele é a minha paixão”, disse a esposa Aluba.

“Meu pai era uma pessoa exemplar, honesta. Foi um avô carinhosíssimo com os seus 13 netos. É um exemplo como homem”, ressalta Mariângela.

Férias com os netos

A filha ainda conta que ele adorava viajar para a praia com os netos e dizia que ia dar férias para os filhos. “Na época eram nove netos. Ele colocava todos dentro do carro e, junto com a minha mãe, levava as crianças para uma colônia de férias em Bertioga. Ele gostava de dar férias para nós, os pais”, relata, com um sorriso emocionado.

O que poucos sabem é que Osvaldo Azenha adorava reunir os amigos e a família e formar blocos carnavalescos para se divertir nos famosos bailes de Carnaval que eram realizados, na época, em todos os clubes da cidade.

“Eles se maquiavam até ficar irreconhecíveis. Depois se vestiam e saíam pelos clubes para curtir as noites de Carnaval”, relata Mariângela, emocionada.

Um dos netos, Henrique Azenha Lamônica, 19 anos, estudante de direito, frisa que Azenha foi um espelho para ele. “Ele me inspirou muito a seguir a carreira de advocacia. Todas as vezes que eu chegava de gravata ele dizia: ‘Você é advogado? Vai ser advogado?’. Ele ficava muito contente por saber que eu estou fazendo curso de direito. Eu quero ser um dia o homem que ele foi”, acrescenta o neto.

Henrique ainda falou da honestidade e solidariedade que seu avô tinha com as pessoas. “Esses dias eu fiquei sabendo o quanto ele era bondoso, mais do que eu imaginava. Um professor me contou que ele ajudou muitas pessoas. Era um homem muito caridoso”, enfatizou.

O corpo de Osvaldo Azenha está sendo velado no Centro Velatório Terra Branca, em Bauru, e será sepultado hoje, às 16h, no cemitério Jardim do Ypê.

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