Qual a imagem que você tem da Vila Vicentina? Se esta pergunta for feita aos bauruenses, de diversos bairros de Bauru, certamente a maioria deles associará a entidade a um lugar triste. Como justificativa, apontarão seus moradores, pessoas que já percorreram um longo trajeto nesta vida e que, pelas mais diversas desculpas, foram abandonadas por seus filhos ou parentes aos cuidados da instituição.
E é exatamente esta imagem que, aos 70 anos de existência, a Vila Vicentina quer reverter. A intenção é desvincular o nome da instituição à ideia de que o local funciona como um depósito para idosos.
“Nossa missão é conscientizar as pessoas de que aqui só devem morar idosos que não têm família e que não têm outra opção, que realmente precisam de ajuda. Queremos que os bauruenses percebam que a Vila é um lugar de paz, com muito verde e espaço suficiente para que seus moradores caminhem tranquilamente e com segurança”, explica Rochelli Fabiana Amaral, assistente social do local.
De acordo com ela, reverter a imagem que foi construída ao longo de mais de seis décadas não é tarefa fácil, mas deve ser alcançada a longo prazo. A primeira mudança ocorrida no perfil da instituição foi o estabelecimento de critérios mais rigorosos para aceitar asilados. Como resultado, de 2001 para cá já foi possível notar uma queda significativa no número de abandonos. Na época, a Vila abrigava cerca de 110 idosos, contra 42 que vivem lá atualmente.
“Antes as pessoas chegavam aqui, davam qualquer desculpa, deixavam o idoso e desapareciam, nem visitar vinham. Hoje estabelecemos critérios para aceitar o asilado. Entre eles, é preciso ter mais de 60 anos de idade, não ter família, ser independente e aceitar morar no abrigo”, explica Rochelli.
Além disso, a Vila Vicentina buscou estabelecer alternativas para evitar o abandono de idosos na instituição. Uma delas foi o projeto Centro-dia, existente desde 2004, que acolhe pessoas com mais de 60 anos para passar o dia na entidade, e retornam aos cuidados da família ao entardecer.
“Atualmente oito mulheres e um homem participam do projeto. Muitos deles, as famílias vieram até aqui na tentativa de asilá-los, alegando que trabalhavam durante o dia e não tinham como pagar alguém para cuidar deles. Com o Centro-dia, acabamos com esta desculpa: o idoso passa o dia aqui e à noite volta para o seio da família”, explica Rochelli.
Contato familiar
Desde a sua fundação, em 1 de março de 1940, a Vila Vicentina tem o desafio de manter o contato do idoso asilado com a família. O problema, que provoca reflexos nos abrigados, foi um dos principais fatores que motivaram a mudança no perfil da instituição.
De acordo com Luiz Minorello Neto, presidente da Vila, a entidade faz o possível para manter o idoso em contato com a família e, por conta disso, regulamenta a concessão de abrigos. A medida, segundo ele, significa benefício para ambas as partes: redução de despesas e menor sofrimento para os abrigados.
“É possível notar uma grande diferença no comportamento dos abrigados e dos atendidos pelo Centro-dia. Os abrigados são mais apáticos, não querem fazer muitas atividades, reclamam constantemente da falta de visitas. Quando chega gente diferente aqui, eles querem conversar, contar histórias, são carentes. Já os participantes do Centro-dia encaram a Vila como um passatempo”, compara.
Tradicional, churrasco anima o ambiente
Dentro de dois meses, o clima pacato que predomina na Vila Vicentina sairá de cena. Por um dia será substituído por muita música, comida, diversão e movimentação. Isto porque, neste ano, o tradicional churrasco da Vila Vicentina terá sua 60º edição em 18 de julho. Para que tudo saia conforme o planejado, funcionários e voluntários já iniciaram os trabalhos de preparação.
Ricieri Trevisan, 85 anos, foi um dos fundadores da entidade e atualmente coordena os preparativos para o churrasco. Dentre as tarefas a serem executadas estão a reforma de mesas e cadeiras, a finalização das barracas e a arrecadação de donativos para a festa.
“Começamos a arrumar as coisas em março e ainda temos muito o que fazer. Para ajudar trouxe alguns familiares e vizinhos. Espero que esteja tudo pronto até a data”, analisa Ricieri.
De acordo com Luiz Minorello Neto, presidente da Vila, o evento é o mais importante realizado na entidade e fundamental para a arrecadação de verbas. Este ano, os vicentinos esperam um movimento médio de 30 mil pessoas no dia da festa, que terá, além do tradicional churrasco, venda de doces, canjica, pastéis, barracas de pesca, bingo, etc.
“Neste dia, esperamos a ajuda de cerca de 500 pessoas para trabalhar como voluntárias na festa. É fundamental que tudo corra bem e que seja um sucesso. Muita gente espera o ano todo por este churrasco, inclusive nós. O dinheiro arrecadado ajudará bastante nos planos que temos de reformas”, aponta Luiz.
Tradicional, churrasco anima o ambiente
Dentro de dois meses, o clima pacato que predomina na Vila Vicentina sairá de cena. Por um dia será substituído por muita música, comida, diversão e movimentação. Isto porque, neste ano, o tradicional churrasco da Vila Vicentina terá sua 60º edição em 18 de julho. Para que tudo saia conforme o planejado, funcionários e voluntários já iniciaram os trabalhos de preparação.
Ricieri Trevisan, 85 anos, foi um dos fundadores da entidade e atualmente coordena os preparativos para o churrasco. Dentre as tarefas a serem executadas estão a reforma de mesas e cadeiras, a finalização das barracas e a arrecadação de donativos para a festa.
“Começamos a arrumar as coisas em março e ainda temos muito o que fazer. Para ajudar trouxe alguns familiares e vizinhos. Espero que esteja tudo pronto até a data”, analisa Ricieri.
De acordo com Luiz Minorello Neto, presidente da Vila, o evento é o mais importante realizado na entidade e fundamental para a arrecadação de verbas. Este ano, os vicentinos esperam um movimento médio de 30 mil pessoas no dia da festa, que terá, além do tradicional churrasco, venda de doces, canjica, pastéis, barracas de pesca, bingo, etc.
“Neste dia, esperamos a ajuda de cerca de 500 pessoas para trabalhar como voluntárias na festa. É fundamental que tudo corra bem e que seja um sucesso. Muita gente espera o ano todo por este churrasco, inclusive nós. O dinheiro arrecadado ajudará bastante nos planos que temos de reformas”, aponta Luiz.