Depois de dois dias em alta, a Bovespa voltou a recuar no pregão de ontem, não sem antes ter pisado, novamente, nos 65 mil pontos - movimento visto na véspera. Apesar do sucesso do leilão de títulos da Espanha, razão para o avanço das bolsas europeias, o Ibovespa seguiu o desempenho negativo dos índices norte-americanos que se seguiu à divulgação de dados fracos sobre a economia do País.
O Ibovespa terminou em queda de 0,32%, aos 64.540,91 pontos. Na mínima, registrou 64.115 pontos (-0,98%) e, na máxima, os 65.182 pontos (+0,67%). No mês, acumula ganho de 2,37% e, no ano, perda de 5,90%. O giro financeiro totalizou R$ 6,411 bilhões.
A Bovespa abriu em alta, acompanhando o desempenho europeu após o bem-sucedido leilão de títulos feito pela Espanha. Mas logo virou para baixo, na esteira de Wall Street, que reagiu a uma bateria de indicadores ruins. Foram fracos os pedidos de auxílio-desemprego (+12 mil ante previsão de -6 mil), o índice de atividade industrial do Federal Reserve da Filadélfia (8,0 em junho, de 21,4 em maio, e ante previsão de que iria para 21,0), o índice dos indicadores antecedentes (+0,4%, ante previsão de +0,6%).
Com esta leva de notícias ruins, as bolsas americanas trabalharam o dia todo em baixa, mas viraram a poucos minutos do fim. O Dow Jones terminou o pregão com alta de 0,24%, aos 10.434,17 pontos, o S&P subiu 0,13%, aos 1.116,04 pontos, e o Nasdaq avançou 0,05%, aos 2.307,16 pontos.
Apesar da alta do euro ante o dólar, as commodities terminaram em baixa e pesaram sobre o Ibovespa, sobretudo sobre as blue chips Vale e Petrobras. Vale ON recuou 1,76% e PNA, 1,39%, Petrobras ON caiu 0,55% e PN, 0,44%. Na Nymex, o contrato do petróleo para julho recuou 1,13%, para US$ 76,79.
Com as principais ações de olho no mercado externo, o Ibovespa teve um contraponto dos papéis voltados ao consumo doméstico, que é o que tem sustentado o desempenho da economia. As maiores altas do Ibovespa ontem foram MRV ON (+3,68%), Natura ON (+2,17%) e PDG ON (+2,05%). Registraram as maiores quedas, TIM PN (-3,54%), BrT PN (-3,23%) e Tele Norte Leste PNA (-3,08%).
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RENDA FIXA
Renda bruta: 10,19%
Ganho líquido/30 dias: 0,85%
Pela taxa média de 10,19% ao ano paga a grandes investidores, uma aplicação em CDB prefixado com prazo de 30 dias corridos e 21 dias úteis foi fechada ontem com rendimento bruto de 0,850738% e líquido de 0,680590%. A média de retorno para uma aplicação de pequena quantia de recursos, de acordo com o critério de cada instituição, era de 8,21% ao ano, com rentabilidade bruta de 0,691219% e líquida de 0,549075%.
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BOLSA DE SP
Bovespa: baixa de 0,32%
Volume: R$ 6,41 bilhões
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em baixa de 0,32%, aos 64.540,91 pontos e com R$ 6,41 bilhões negociados. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu 0,24% e a Nasdaq apresentou alta de 0,05%.
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OURO
Ouro/grama: R$ 73,00
Variação: alta de 1,39%
A cotação do grama do ouro apresentou alta de 1,39% na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a R$ 73,00. Na Comex, divisão de metais da Bolsa Mercantil de Nova York, a onça-troy do metal era cotada a US$ 1,246,30, apresentando alta de 1,02% às 17h46.
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DÓLAR
Comercial: R$ 1,790
Variação: estável
O dólar comercial fechou estável com valor de compra de R$ 1,788 e de venda de R$ 1,790. O paralelo apresentou alta de 0,51% a R$ 1,83 na compra e R$ 1,99 na venda. O dólar turismo apresentou queda de 1,27% a R$ 1,713 na compra e R$ 1,873 na venda.
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Tendências no mercado
Contratos de dólar futuro com vencimento em julho fecharam a R$ 1,789,00 na Bolsa
de Mercadorias & Futuros (BM&F), em baixa de 0,25% às 17h51. O Índice Bovespa
Futuro fechou em queda de 0,41% aos 65.520, e contratos de juros futuros (DI) com vencimento em janeiro de 2011 e janeiro de 2012 a 11,28% e 12,22%, respectivamente.