Preconceito da cor.
"Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse. Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balão. Havia ali perto um menino negro, de cor tão negra que chegava a brilhar. Este menino estava observando o vendedor de balões, é claro, apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul; depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo cada vez mais até sumir de vista. O menino de olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas... Um coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto. Então aproximou-se do vendedor e disse:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto ele subiria tanto quantos os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino. Arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse: - Não é a cor, filho. É o que está dentro dele que o faz subir." Uma história sempre tem sua eloquência.
Izabel Ramos - professora