Política

Galinhas na cidade preocupam a Saúde

Lígia Ligabue
| Tempo de leitura: 2 min

Entre as vistorias realizadas pela Divisão de Vigilância Ambiental do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) muitas são feitas para averiguar reclamações a respeito de aves. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Fernando Monti, as galinhas são os principais motivos de reclamação.

O secretário ressalta que a preocupação é válida. "Os locais de criação de galinhas são criadouros ideais para o mosquito vetor da leishmaniose", ressalta Monti. No galinheiro, o mosquito palha, transmissor da doença, tem alimentação farta. E a matéria orgânica resultante das fezes das aves oferece um ambiente ideal para sua proliferação.

Por isso, é proibida a criação de galinhas dentro da zona urbana. Ainda assim, é muito comum encontrar criações das aves pela cidade. Algumas são para comércio e outras para subsistência.

Já as vistorias referentes a animais domésticos, como cães e gatos, não abrangem maus tratos a animais. "É verificado denúncia de perturbação, por exemplo", afirma.


Os caramujos

Um animal que não é transmissor de doenças, mas causa transtornos à população, é o caramujo africano. Mas, as vistorias por conta da proliferação do molusco diminuíram. Em 2009, foram 83 visitas para verificação da infestação do bicho.

No ano passado, foram 59. "O caramujo é uma questão bastante específica. Nunca foi encontrado na cidade um caramujo que estivesse infectado com alguma doença. Porém, aconselhamos a manter cuidado, não manuseá-lo", explica o secretário de Saúde.

No entanto, Monti não soube explicar o motivo da redução de reclamações e consequentes vistorias por conta de infestação de vetores, que são mosquitos e pernilongos transmissores de doenças como dengue e leishmaniose.

Uma das possibilidades é a extensão do programa de combate à dengue, que periodicamente visita residências na cidade. No entanto, o secretário avalia que é preciso intensificar a repressão ao Aedes Aegypti. Por isso, a secretaria está elaborando o plano de combate à doença para 2011.

A Secretaria Municipal de Saúde encontrou dificuldades no levantamento dos números referentes a vistoria, notificação e aplicação de multas. A ferramenta de trabalho disponibilizada aos fiscais é precária e a contabilização ainda é manual. Também há dificuldade na localização dos imóveis, fruto de falhas no cadastro imobiliário da prefeitura.

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