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Serpentina metálica foi causa de acidente com trio elétrico

Folhapress
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Bandeira do Sul - Mais uma pessoa morreu ontem em decorrência de uma acidente ocorrido com um trio elétrico anteontem em Bandeira do Sul (430 km ao sul de Belo Horizonte), em Minas. Com isso, sobe para 16 o total de óbitos. Além disso, mais de 50 pessoas ficaram feridas.

O trio elétrico que participava do Carnaband estava parado ao lado da praça Nossa Senhora Aparecida quando uma serpentina metálica, lançada por um folião, causou um curto-circuito que levou ao rompimento de três fios de média tensão.

Segundo a Cemig (Companhia Energética de MG), um caiu em cima do trio elétrico e dois, no chão, atingindo as vítimas. "Pegou fogo, fez um estouro enorme, e todo mundo achou que eram fogos de artifício", disse Mirena Nayara da Silva, 14 anos, que estava ao lado do trio e escapou ilesa.

A polícia investiga se os cabos foram rompidos, de fato, pela serpentina. O dono e o motorista do caminhão já foram ouvidos. Segundo o delegado Ademir Luiz Correia, a documentação do veículo estava em dia. Ele afirmou ainda que há um suspeito de ter lançado a serpentina, que pode ser indiciado.

Para o professor Alexandre Piatini, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, a serpentina pode causar o curto-circuito, conforme o estado dos fios.

Os bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Poços de Caldas, que fica a 24 quilômetros de Bandeira do Sul, fizeram o resgate das vítimas, que foram sendo levadas para a Santa Casa de Poços de Caldas, cidade vizinha. Não foi informado quantas pessoas permaneciam internadas na tarde de ontem.

Moradores da cidade de lotavam o ginásio de esportes nesta tarde para prestar homenagens às vítimas do acidente.

No ginásio, sete pessoas estão sendo veladas, incluindo um menino de 13 anos. O clima é de comoção. A prefeitura declarou luto oficial de três dias na cidade. O município promete dar toda assistência às famílias.


Velório


A cidade de Bandeira do Sul, de 5.234 habitantes, parou ontem para acompanhar o velório de sete das 16 vítimas. Centenas de pessoas lotaram o ginásio onde os corpos dos moradores foram velados. Os caixões foram levados um a um ao cemitério municipal, seguidos por uma multidão de parentes e amigos.


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