São Paulo - Carlos Ermírio de Moraes, filho do empresário Antônio Ermírio de Moraes e presidente do conselho do Grupo Votorantim desde 2001, morreu na noite de anteontem, em São Paulo, aos 55 anos, vítima de um câncer. O executivo enfrentava a doença desde 2007 e morreu no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. A família não divulgou mais detalhes. O corpo foi cremado no Crematório de Vila Alpina. Carlos Ermírio deixa a mulher, Márcia Regina Recio de Moraes, e os filhos Eugênio Ermírio de Moraes, 24 anos, e Júlia Recio de Moraes, 21 anos.
Nascido em São Paulo, o executivo seguiu os passos do avô e do pai na vida acadêmica, cursando engenharia metalúrgica (formado na Colorado School of Mines, EUA).
A participação de Carlos Ermírio no grupo, por mais de 30 anos, incluiu os cargos de diretor de operações da Companhia Níquel Tocantins e da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Também foi diretor-presidente da Companhia Cimento Portland Itaú, subsidiária da Votorantim Cimentos.
Além disso, o executivo foi diretor-presidente do Instituto de Metais Não-Ferrosos e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e sócio-fundador e membro do conselho de administração do Nickel Development Institute (NiDI ), em Toronto (Canadá).
Carlos Ermírio integrou os conselhos da Alunorte (Alumina do Norte do Brasil), da Mineração Rio do Norte e da CPFL Energia. O empresário era também conselheiro fundador, desde 1994, do Instituto Ayrton Senna, instituição dedicada ao desenvolvimento social.
A assessoria de imprensa do Grupo Votorantim informou que José Roberto Ermírio de Moraes, vice-presidente do conselho de administração e primo de Carlos Ermírio, vai acumular, interinamente, a presidência.
Em 2009, outro filho de Antônio Ermírio, Mario Ermírio de Moraes, morreu aos 51 anos, também de câncer.